Ciência e Tecnologia

Passado, presente e futuro podem coexistir ao mesmo tempo?

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Segundo esse professor de filosofia do MIT, o tempo faz parte do tecido espaço-temporal do universo, enquanto só “percebemos” passado, presente e futuro, eles existiriam em outras dimensões. Ficou confuso? Pode deixar que nós explicamos melhor como essa teoria funcionaria.

Dentro dessa teoria, a ideia seria diferente de um “rio que corre”. Dessa forma, o tempo não se comportaria da forma como percebemos. Passado, presente e futuro poderiam coexistir ao mesmo tempo, mas em dimensões diferentes. Esse é o fundamento, por trás do conceito do “Bloco universal”, defendido pelo professor associado de filosofia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Bradford Skow.

Uma nova maneira de enxergarmos o tempo

Pensemos na seguinte situação, “se você encontrar um grupo de amigos e dizer: ‘Eu não acredito que o tempo passa’, todo mundo vai pensar que você está completamente louco“, afirmou Bradford Skow. No entanto, é exatamente isso que o professor busca mostrar em seu livro. Segundo ele, o tempo passa, mas não da maneira como o descrevemos .

Em seu livro Objective Becoming (Tornando-se objetivo, em tradução livre), Skow detalha essa visão, que defende que tempo deve ser considerado como uma dimensão do espaço-tempo, como sustenta a teoria da relatividade. Dessa maneira, ele não “passa” por nós, mas faz parte do tecido do universo. Ao contrário do que imaginávamos, ele não seria apenas algo que se move dentro dele. “A teoria do universo em bloco diz que você se espalha pelo tempo, da mesma maneira como se espalha no espaço”, explica Skow. Portanto, não estamos localizados em um único momento”. Ou seja, eventos ocorrem, pessoas envelhecem e assim por diante. “As coisas mudam”, afirma o professor de filosofia. Mas o passado não “desaparece”, ele simplesmente existe em diferentes partes do espaço-tempo.

Podemos afirmar que esse pensamento possui uma base na teoria do espaço e do tempo unificados, propostos por Albert Einstein, em 1915. Em sua teoria geral da relatividade, o físico alemão propõe que o espaço-tempo toma forma de maneira múltipla ou contínua. Dessa forma, podem ser visualizados como um espaço vetorial quadridimensional. “A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente”, afirmou Einstein.

Poderíamos acessar experiências do passado?

Em seu livro, Skow considera diversas explicações alternativas para como o tempo se comporta. Mas por fim, ele se diz mais impressionado com a teoria dos “holofotes em movimento”, que coloca passado e o futuro em pé de igualdade com o presente. No entanto, a teoria sustenta que apenas um momento de cada vez está absolutamente presente, e esse momento continua mudando, como se um holofote estivesse se movendo sobre ela. Isso também é consistente com a relatividade. Desse modo, Skow ainda trata o presente como sendo muito distinto, como se o presente fosse cortado de um pano diferente do resto do tecido universal.

De acordo com o pesquisador, as experiências que você teve há um ou dez anos ainda são igualmente reais. Entretanto, elas são apenas “inacessíveis” porque você está em uma parte diferente do espaço-tempo. Além disso, isso, infelizmente, inviabilizaria o conceito de viagem no tempo.

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