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Pegadas humanas de 120 mil anos foram descobertas na Arábia Saudita

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O conhecimento humano se dá devido a uma das principais características que diferenciam os humanos dos outros animais, a inteligência. Ela é o que nos permite estarmos em constante evolução. E ela é a responsável pelo que somos e sabemos. Como nossa história é feita por “buracos”, que são os trechos que não conhecemos, as descobertas arqueológicas vem para tentar preenchê-los.

Novas descobertas nos proporcionam uma nova perspectiva sobre alguns capítulos que passaram. E nos dão uma nova compreensão sobre a humanidade.

Há aproximadamente 120 mil anos, onde atualmente é o norte da Arábia Saudita, um bando pequeno de Homo spiens parou para beber e descansar em lago raso que também era frequentado por camelos, búfalos e elefantes que eram maiores que qualquer animal já visto nos dias de hoje.

Eles podem até ter caçado os grandes mamíferos, mas não ficaram muito tempo. E usaram o bebedouro como um ponto de referência em uma jornada mais longa.

Pegadas

Pesquisadores reconstruíram essa cena em um novo estudo. Depois da  descoberta das antigas pegadas de humanos e animais no deserto de Nefud lançaram uma nova luz sobre as rotas que nossos ancestrais fizeram conforme se espalharam pela África.

Atualmente, a Península Arábica é caracterizada por desertos grandes e áridos que teriam sido inóspitos par os povos primitivos e também para os animais que eles caçavam.

Mas as pesquisas feitas na última década mostraram que nem sempre foi assim por conta da variação natural do clima. A região experimentou condições muito mais verdes e úmidas em um período que foi conhecido como último interglacial.

“Em certas épocas do passado, os desertos que dominam o interior da península se transformaram em extensos campos com lagos e rios de água doce permanentes”, explicou o co-autor do estudo Richard Clark-Wilson, da Royal Holloway.

Mathew Stewart, do Instituto Max Planck de Ecologia Química, na Alemanha, é o primeiro autor do artigo e disse que as pegadas foram descobertas durante o seu trabalho de campo de PhD, em 2017. Elas foram descobertas depois da erosão de sedimentos sobrejacentes em um antigo lago que é conhecido como Alathar, que significa “o traço” em árabe.

“As pegadas são uma forma única de evidência fóssil, pois fornecem instantâneos no tempo, normalmente representando algumas horas ou dias, uma resolução que tendemos a não obter de outros registros”, disse ele.

Observações

Através de uma técnica chamada luminescência estimulada ótica as pegadas fora datadas. Essa técnica espalha grãos de quartzo e mede a quantidade de energia emitida por eles.

Ao todo, sete das centenas de pegadas descobertas foram identificadas com segurança como de hominídeos. Incluindo quatro que, por conta da orientação semelhante, distâncias entre elas e diferenças de tamanho foram interpretadas como dois ou três indivíduos viajando juntos.

De acordo com os pesquisadores, essas pegadas eram de humanos modernos, ao contrário de neandertais. Isso com base no fato de que nossos primos extintos não eram presentes na região do Oriente Médio na época. E também nas estimativas de estrutura e massa inferidas das impressões.

“Sabemos que os humanos estavam visitando este lago ao mesmo tempo que os animais estavam. E, incomum para a área, não há ferramentas de pedra”, disse Stewart.

“Parece que essas pessoas estavam visitando o lago em busca de recursos hídricos. E apenas para forragear junto com os animais, e provavelmente também para caçá-los”, continuou.

Além das pegadas, aproximadamente 233 fósseis foram recuperados. E é provável que carnívoros tenham sido atraídos pelos herbívoros em Alathar. Parecido com o que é visto nas savanas africanas atualmente.

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