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Peixe-espátula-chinês é a primeira espécie da nova década declarada extinta

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Mais uma espécie foi oficialmente declarada extinta. O Psephurus gladius, também conhecido como peixe-espátula-chinês, deixou de integrar o reino animal. O animal, que cujo habitat natural era o rio Yangtze, era um peixe pré-histórico.

O anúncio foi feito na semana passada, logo após um estudo científico ser publicado na revista Science of the Total Environment. O peixe-espátula-chinês era um dos maiores peixes de água doce do mundo, atingindo até 9 metros e podendo pesar até 100 quilos.

De acordo com estudo, a espécie era “de uma linhagem que foi difundida entre 34 e 75 milhões de anos atrás”. Ainda segundo a publicação, há evidências de que a espécie foi uma das poucas sobreviventes do período Cretáceo Mesozoico. Ou seja, cerca de 200 milhões de anos atrás.

O peixe-espátula-chinês

O peixe-espátula-chinês era uma das duas únicas espécies vivas de peixe-espátula. O outro é o Polyodon spathula, que ainda percorre partes do rio Mississippi, nos Estados Unidos.

Inicialmente, o Psephurus gladius podia ser encontrado em outros rios de grande fluxo. No entanto, tal realidade mudou na década de 50. A partir de então, o peixe-espátula-chinês só era visto nas águas do rio Yangtze. A espécie passou a configurar a lista de espécies criticamente ameaçadas desde 1996.

Foi somente aí que o governo chinês começou a intensificar as práticas de conservação. Em contrapartida, mesmo com tais medidas, os pesquisadores não conseguiram encontrar indivíduos suficientes na natureza.

Em 2003, uma equipe da academia de ciências da China conseguiu capturar um exemplar da espécie. Os pesquisadores, na ocasião, anexaram um rastreador ultrassônico e o devolveram ao rio Nanxi, uma ramificação do rio Yangtze na província de Sichuan.

Infelizmente, o trabalho dos cientistas acabou sendo em vão. As presença de uma cadeia rochas no rio fiz com que a equipe perdesse o sinal do rastreador. Portanto, este seria o último avistamento conhecido da espécie na natureza.

Após realizar uma varredura de dois anos em toda a bacia do rio Yangtze, nenhum exemplar da espécie foi encontrado. A equipe examinou o braço principal do rio Yangtze, seus afluentes e os lagos Dongting e Poyang. No final da pesquisa, os pesquisadores identificaram com sucesso 332 espécies de peixes que vivem no rio – mas não foi encontrado um único remo chinês.

Extinção

O documento, que aponta a extinção, foi baseado em uma avaliação, feita por um painel de especialistas da União Internacional para a Conservação da Natureza. Acredita-se que os motivos da espécie ser extinto seja a poluição e a pesca. Tais fatores são suficientes para acarretar impactos significativos, no ecossistema do rio Yangtze.

O rio, segundo especialistas, é habitado por 4.000 espécies de animais aquáticos. O Ministério da Agricultura e dos Assuntos Rurais da China anunciou uma proibição de pesca de dez anos, ao longo de áreas-chave do rio Yangtze, para proteger a biodiversidade na via navegável mais longa do país.

A partir deste ano, a proibição será observada nas 332 zonas de conservação na bacia do rio Yangtze, incluindo as vias navegáveis naturais de grandes lagos ligados ao rio. De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza, os esturjões chineses, endêmicos da bacia de Yangtze, são uma outra espécie que pode desaparecer em breve, caso as mudanças não sejam respeitadas. 

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