Pesquisadores atingem fusão nuclear em um dispositivo possível de ter em casa

Você já ouviu falar de fissão nuclear? Certamente, tem uma vaga lembrança advinda dos tempos da escola. Ela representa o processo de forçar a divisão de um átomo para formar outros dois um pouco mais leves. A reação que isso gera, libera energia e um nêutron livre. Ela é popular devido ao seu uso militar, como na produção de bomba como armamento nuclear. As bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki são um belo exemplo de fissão nuclear.

Menos famosa, ainda assim, também importante, é a fusão nuclear. Ela, por sua vez, é o processo de colidir dois átomos propositalmente para formar um terceiro, mais pesado. A reação libera energia e, dependendo de quais forem os reagentes, um nêutron livre. É comum encontrar fusões naturais acontecendo no espaço, no interior das estrelas. As reações variam de acordo com a massa da estrela.

Para conseguirmos produzir a fusão nuclear manualmente, é necessário ter um reator nuclear. Essa máquina gigante irá gerar a energia e aguentar todo o calor gerado. Hoje, ela existe só para fins de pesquisa, mas a ciência anda investindo pesado para que ela seja usada em outros campos, como na produção de energia elétrica. O problema é o tamanho dessa máquina. É possível existir um reator menor, mais compacto, para fusão nuclear?

Reator de fusão nuclear

Pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, não desistiram e buscam constantemente superar os obstáculos de se fazer um reator nuclear. Eles acompanham de perto grandes pesquisadores em busca de realizar com eficiência a fusão nuclear.

Os grandes exemplos são os Tokamaks, com o reator Experimental Advanced Superconducting Tokamak da China, que agitam seu plasma insanamente quente, de tal forma que geram seus próprios campos magnéticos internos, ajudando a conter o fluxo. Outro é o Wendelstein 7-X, que aplica externamente campos magnéticos.

Ambos fazem muito progresso, mas ainda enfrentam o problema de serem muito grande. Eles possuem muitos metros cercados por complexos bancos eletrônicos, o que torna improvável que os veremos encolher para uma versão doméstica ou móvel em breve.

Por isso, pesquisadores desenvolveram o Zeta ou Z-pinch. Ele é como uma versão em miniatura das versões maiores, porém, ainda sofre das mesmas instabilidades dos irmãos mais velhos.

Z-pinch

Voltando aos pesquisadores da Universidade de Washington nos Estados Unidos, eles descobriram uma abordagem alternativa para estabilizar o plasma em um Z-pinch. Isso não apenas funciona, mas também pode ser usado para gerar uma explosão de fusão.

Para não ser dissuadido e perderem financiamento na pesquisa, os físicos contaram com simulações de computador para mostrar que o conceito era possível, antes mesmo de tentá-lo na vida real.

O equipamento é compacto, cabe dentro de uma casa comum, e gerou uma estabilidade 5 mil vezes maior do que você esperaria sem que tal método fosse usado, mostrando que o princípio está maduro para um estudo mais aprofundado.

Estamos cada vez mais próximos de provar ser uma fonte mais barata e mais compacta de energia limpa por si só. Ainda não é possível ter um desse em casa, mas quem sabe em um futuro próximo?

E aí, o que você achou dessa matéria? Comenta aqui com a gente e compartilha nas suas redes sociais. Para você que adorou a ideia de ter um pequeno reator de fusão nuclear em casa, aquele abraço.

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