História

Pesquisadores encontram esqueletos abraçados há 1.500 anos

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Dois esqueletos abraçados chamaram atenção na China. Durante uma obra de construção na cidade de Datong, localizada na porção norte, um antigo cemitério com mais de 600 túmulos foi descoberto pelos pesquisadores.

Entre as sepulturas exploradas, uma em particular chamou a atenção dos amantes de arqueologia: um túmulo onde duas pessoas estavam enterradas com os braços ao redor uma da outra.

Essa descoberta, que repercutiu mundialmente em 2021, apareceu em um estudo da revista “International Journal of Osteoarchaeology”.

Os autores do estudo destacaram que, embora o amor seja retratado na literatura, folclore e arte desde a China antiga, a evidência direta de esqueletos relacionados ao amor é rara em contextos arqueológicos.

Os esqueletos são de um homem e uma mulher, que teriam vivido durante a dinastia Wei do Norte, entre 386 e 534 d.C.

Via UOL

A descoberta é histórica e, segundo os responsáveis pelo estudo, é o primeiro caso na China em que cadáveres apareceram como esqueletos abraçados.

O estudo enfatiza que a mensagem por trás da posição dos esqueletos é clara. O abraço póstumo representa um amor eterno entre marido e mulher durante a vida após a morte.

Essa descoberta é importante para a compreensão da vida e dos costumes na China antiga. Além disso, também levanta reflexões sobre as relações humanas e afetivas em diferentes épocas históricas.

Embora casos de esqueletos abraçados já existam em outros países, como Itália, Grécia e Romênia, a descoberta na China é um achado raro na arqueologia.

O estudo destaca a importância de analisar as descobertas arqueológicas a partir de diferentes perspectivas. Também é fundamental estar aberto a reflexões sobre as relações humanas ao longo do tempo.

Esqueletos abraçados

Segundo o Smithsonian Magazine, a mulher encontrada abraçada ao homem no cemitério descoberto em Datong, China, usava um anel de prata simples no dedo anelar da mão esquerda.

Embora a joia seja simples por não ter gravuras, ela não teria sido barata na época em que o casal viveu. Isso porque o cemitério em que estavam era usado por plebeus.

Vale ressaltar que, diferentemente do significado atual, usar um anel como esse não era necessariamente um símbolo de casamento na época.

No entanto, considerando a posição em que estavam juntos, é possível que o anel seja um sinal do vínculo afetivo entre os dois.

A causa da morte do casal ainda é um mistério. Os arqueólogos observaram que o homem tinha uma lesão no ombro direito que nunca curou e provavelmente foi a causa de sua morte, mas não há informações sobre a causa da morte da mulher.

O homem apresentava uma lesão no ombro direito que, segundo os pesquisadores, pode ter sido a causa de sua morte.

Já a mulher não tinha sinais de trauma, levando os pesquisadores a considerar a possibilidade de suicídio após a morte do marido.

Outra hipótese é que ambos teriam morrido ao mesmo tempo devido a uma mesma doença.

Em uma entrevista para o Post, Qun Zhang, co-autor da pesquisa, mencionou que o budismo estava em ascensão na época. Assim, poderia influenciar a maneira como o casal se enterrou.

O abraço eterno encontrado nos esqueletos sugere uma mensagem clara de amor e união além da vida, mas a verdadeira história por trás do casal ainda permanece um mistério.

Via UOL

Amor eterno

A descoberta dos esqueletos abraçados na China não é só uma importante descoberta arqueológica. Ela também chama a atenção para a crença em amor eterno presente em várias lendas culturais ao redor do mundo.

Desde a mitologia grega com a história de Orfeu e Eurídice até as lendas de Romeu e Julieta na literatura inglesa, o tema do amor que transcende a morte é recorrente.

Na cultura chinesa, a crença no amor eterno também é presente. O conceito do “fio vermelho do destino”, por exemplo, diz que duas pessoas estão destinadas a se encontrarem e ficarem juntas, independentemente das circunstâncias.

Além disso, a ideia de que a morte não é o fim e que as almas continuam a existir em outro plano também é presente na cultura chinesa.

Os esqueletos abraçados podem ser vistos como uma prova física dessa crença. A forma do seu enterro, juntos e nos braços um do outro, sugere que eles acreditavam em um amor que transcendia a vida.

Embora a causa da morte ainda seja desconhecida, a imagem do casal abraçado por mais de 1.500 anos é uma poderosa mensagem de amor e união.

Essa descoberta nos lembra que, apesar das diferenças culturais, a crença no amor eterno é um tema universal que atravessa as fronteiras do tempo e do espaço.

Além disso, mesmo em tempos de guerra, pobreza e conflitos, a busca pelo amor verdadeiro e duradouro ainda é uma parte fundamental da experiência humana.

 

Fonte: UOL

Imagens: UOL, UOL

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