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Pode existir uma explicação científica para você ser ruim em matemática

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É claro que ninguém consegue ser bom em tudo. Há quem é bom em escrita, alguns que são ótimos em artes e ainda aqueles que são excepcionais em matemática. O que definitivamente não é o meu caso, e também não é o de muitas pessoas que sofrem para aprender e entender os conceitos relacionados à números e cálculos.

Não ser bom em matemática não quer dizer que você não seja inteligente, longe disso. Pode ser apenas uma dificuldade comum entre tantas pessoas, e em alguns casos, talvez um pouco mais que isso. Cientistas foram a fundo para descobrir se havia alguma ligação científica com a dificuldade em aprender questões relacionadas aos números. E eles encontraram. A discalculia é uma deficiência de aprendizagem específica em matemática e que afeta cerca de 3% a 6% das pessoas.

A discalculia

Existem diversas razões para um aluno inteligente ser ruim em matemática, desde ambientes de aprendizagem ruins, até distúrbios de atenção e ansiedade. Mas para algumas pessoas, essa dificuldade pode ser caracterizada como uma deficiência específica de aprendizagem.

A discalculia é uma desordem neurológica que afeta a habilidade de aprendizado de matemática. Pessoas discalculias eventualmente apresentam dificuldades para entender conceitos básicos, e operações matemáticas.

“Muitas pessoas dizem: ‘Eu não sou bom em matemática’ porque eles não podiam lidar com pré-cálculo ou algo assim”, conta o neurocientista cognitivo Edward Hubbard, da Universidade de Wisconsin-Madison. “As pessoas com discalculia lutam para dizer se sete é mais do que cinco”.

Mesmo que seja tão comum quanto a dislexia do transtorno de leitura, a discalculia é bem menos compreendida. Talvez, motivada pela crença de que a alfabetização seja mais importante do que a numeracia. Porém, não é bem assim, desde o cálculo básico do troco na padaria, até investimentos na bolsa de valores, a habilidade de compreensão dos números é fundamental à vida.

Um estudo, feito no Reino Unido, identificou que, aos 30 anos, pessoas com baixa numeracia eram mais propensas a ter menos instrução e consequentemente, mais propícias de estarem desempregadas, enfrentando problemas com a lei, podendo ser mais doentes física e mentalmente do que outras pessoas da mesma idade.

Causa e efeito

Os avanços tecnológicos e técnicas de imagem cerebral proporcionaram novas descobertas acerca dessa disfunção. Pesquisadores encontraram a discalculia em uma dobra na parte de trás do cérebro, chama de sulco intraparietal, ou IPS. Eles identificaram que essa área é crucial para a percepção e comparação de quantidades.

Essas novas descobertas auxiliam na compreensão de como funciona a discalculia e sugerem opções para melhorar. Os pesquisadores têm concentrado seus esforços para identificar o senso defeituoso mais cedo, com o intuito de neutralizar seus efeitos.

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