Ciência e Tecnologia

Poderemos clonar os dinossauros um dia?

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Eu sei que essa história te soa familiar. Afinal, esse é o enredo da série de filmes Jurassic Park. E com toda uma geração, que cresceu assistindo aos filmes, parece que é inevitável que sua história não venha a acontecer. Contudo, deixando a ficção de lado e com os avanços da clonagem, é válido perguntar se poderemos clonar os dinossauros um dia. Será?

Nos filmes, os dinossauros voltam à vida, depois que cientistas encontram seu DNA nas barrigas de mosquitos de milhões de anos atrás. Entretanto, nem mesmo Steven Spielberg poderia imaginar que essa seria a melhor forma de se clonar um dinossauro. Contudo, será que os sonhos de clonar os dinossauros estão mais perto do que imaginamos?

Como nos filmes?

Embora a premissa nos filmes possa nos convencer de que é possível, na realidade, é muito mais complicado. Primeiro de tudo, o sangue de dinossauro nunca foi realmente encontrado em mosquitos, nem mesmo nos que estavam conservados em âmbares. Portanto, essa descoberta não passa de ficção. Além disso, as chances, de se encontrar um fóssil de mosquito, são praticamente nulas. Isso porque a fossilização em âmbar é um evento relativamente raro de acontecer. Com isso, nem mesmo uma pequena quantidade de sangue de dinossauro, pôde ser encontrado nos insetos.

E se alguma vez, de fato, aconteceu de um mosquito sair com a barriga cheia de sangue de dinossauro, é raro que ele tenha sobrevivido por mais de 60 milhões de anos. Entretanto, além de nos limitarmos aos mosquitos fêmeas, que são as únicas que sugam o sangue, também nos limitamos às condições de conservamento. Em outras palavras, além dos milhões de anos guardado, o inseto ainda precisaria estar em perfeitas condições.

Então será que ainda há uma chance?

Por mais que me doa dizer isso, não há. Mesmo que os cientistas conseguissem superar todas as probabilidades, e ainda assim, encontrassem o mosquito perfeito, ainda não seria o suficiente. De fato, seria impossível extrair o DNA dele. Mas por quê? Em pesquisas recentes, cientistas descobriam que a meia-vida do DNA é de apenas 521 anos.

Embora esse número possa parecer uma meia-vida relativamente longa, não estamos, nem perto, do que precisaríamos para a preservação ideal do DNA de dinossauros. Algo que, mesmo em condições ideais, o DNA já teria desaparecido em 6,8 milhões de anos. Portanto, já estamos mais de 59 milhões de anos atrasados nessa história. Pelo menos, no que diz respeito a esse método.

E outros métodos?

É seguro dizer que qualquer método, baseado em um DNA preservado, de fato, não vai acontecer. Contudo, ainda é possível que se desenvolva uma espécie de engenharia reversa do DNA. Por exemplo, em futuro ainda distante, podemos recriar a genética desse organismo do zero. E claro, os seus parentes modernos podem ajudar nessa experimentação. Já pensou, dinossauros e galinhas, lado a lado? Contudo, essa tecnologia ainda está para um tempo mais distante do que perto de nós. Mas nada que alguns milhões ou bilhões de anos de avanço tecnológico, não possam resolver. Nesse momento, quem sabe não possamos estar perto da crianção de um verdadeiro “Jurassic Park”.

E para quem não se lembra, a cena da explicação no filme, pode ser assistida aqui.

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