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Poeira radioativa de supernova antiga está enterrada na Antártica

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A explosão estelar é uma das constantes do universo. As estrelas não são infinitas, e como tudo o que existe, chegam ao fim. O momento em que algumas estrelas explodem é chamado de Supernova. O brilho desse acontecimento pode tornar a estrela tão brilhante quanto uma galáxia inteira. Porém, essa luz também é finita. Por outro lado, não costuma durar muito tempo.

Agora, um estudo, feito pela Universidade Nacional da Austrália, junto com cientistas da Alemanha e da Áustria, descobriu que existe poeira radioativa. E que esta veio de uma supernova que explodiu há milhões de anos, e enterrada na neve da Antártica.

A equipe do estudo foi liderada por Dominik Koll. Ele coletou 500 quilos de neve na Antártica. A amostra, que tinha menos de 20 anos, serviria para serem analisadas em laboratório. A neve foi derretida. Posteriormente, passou por um filtro e foi evaporada. Depois disso, os pesquisadores examinaram a poeira e os micrometeoritos. Eles buscavam isótopos radioativos.

Poeira

Eles incineraram a poeira e depois a colocaram em um Espectrômetro de Massa do Acelerador. Com isso, é possível criar íons carregados fora da atmosfera. Em seguida, passam os íons em um imã e em um acelerador de partículas. Isso antes de colocá-los no detector. Em síntese, com isso, os pesquisadores conseguiram procurar apenas isótopos atômicos específicos.

Eles acharam mais isótopos do que era esperado se a neve tivesse apenas acumulado a poeira cósmica, que atinge nosso planeta regularmente. E por isso, a equipe teve a suspeita que os isótopos vinham na verdade de uma supernova.

A equipe esperava achar ferro-60, que é um isótopo radioativo de longa duração. Ele é liberado pela explosão de estrelas. Ou ainda por supernovas. Mas ele também pode vir de matéria irradiada por raios cósmicos. E para ter certeza de que eles estavam, na verdade, medindo a poeira interestelar. Isso porque os pesquisadores procuraram também por manganês-53. Esse isótopo é produzido por raios cósmicos de alta energia.

Estudo

Um estudo anterior a esse tinha relatado que a morte e explosão de uma estrela tinha depositado ferro no nosso sistema solar, entre 1,5 e três milhões de anos atrás. Então, se essa poeira de ferro ainda estiver caindo em nosso planeta, talvez, estejamos passando pela nuvem de poeira que sobrou dessa supernova. E isso poderia ter ajudado os cientistas a entenderem a composição da Via Láctea.

E, pesquisando os restos dessa explosão, é possível que compreendamos melhor a história da nossa galáxia. “Estou animado com a possibilidade de aprender algo sobre as explosões estelares extremas e grandes estruturas ao redor do nosso planeta que são inimaginavelmente grandes e distantes”, disse Koll.

Estudos como esse podem nos dar uma imagem melhor do ambiente interestelar no qual o sol está viajando. Segundo o que foi descoberto pelos astrônomos, o sol está no meio de uma “bolha local”. Que é uma área onde o meio interestelar é muito menos denso que a média. Inclusive, talvez seja por causa da supernova relativamente recente. Dentro dessa bolha, está uma nuvem interestelar local. O que trata-se de uma região um pouco menos densa que a bolha. Em suma, os núcleos radioativos da neve da Antártida poderiam ser uma matéria importante de investigar as origens da bolha e da nuvem.

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