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Por que algumas pessoas veem fantasmas? (segundo a ciência)

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Existem pessoas bem céticas que não conseguem acreditar que exista um mundo espiritual ao nosso redor. Mas existem outras que creem nisso fielmente. Não é à toa que programas de “caça fantasmas” se tornaram tão famosos na televisão e internet.

Fantasmas são entidades e manifestações paranormais, que podem estar ou não relacionadas a pessoas. Existem diversos tipos de fantasmas. Os mais conhecidos são os espíritos de pessoas que já partiram dessa para outra. Algumas pessoas têm a sensação de estar próximo de uma “presença fantasma”, de que tem alguém perto quando não tem ninguém.

De acorodo com um estudo, essa sensação se origina em uma parte do cérebro. Os cientistas conseguiram identificar algumas áreas do cérebro que são responsáveis por gerar a sensação que algumas pessoas tem. Além disso, eles conseguiam criar um experimento, que faz com que as pessoas sintam fantasmas por perto.

Segundo o estudo, os pacientes que tem problemas nas partes do cérebro associadas a autoconsciência, movimentos e a posição do corpo no espaço relatavam experiências como essas de sentir a presença de alguém que não existe. Essa presença fantasma é um fenômeno comum relatado por muitas pessoas.

De acordo com Giulio Rognini, cientista do Instituto Federal de Teconologia da Suíça, a sensação é muito real. “Essa impressão é muito vívida. Eles sentem alguém, mas não conseguem ver essa pessoa. Sempre é uma presença sentida”, disse Rognini.

Para o cientista, a sensação é mais comum nas pessoas, que já enfrentaram condições extremas como por exemplo, montanhistas ou pessoas com condições neurológicas específicas.
“O que impressiona é que eles relatam frequentemente que os movimentos que estão fazendo é ‘imitado’ pela presença-fantasma. Então se o paciente está sentado, eles sentem que o fantasma está sentado. Se eles estão de pé, o fantasma está de pé, e assim por diante”, explicou.

Pesquisa

Esse estudo foi feito com 12 pessoas, que tinham algum tipo de distúrbio neurológico e que dizem ter sentido uma presença fantasma algumas vezes. Com os testes, eles viram que todos os pacientes tinham problemas em áreas do cérebro, que são relacionadas à autoconsciência e aos movimentos do corpo.

Os cientistas também fizeram testes com 48 pessoas saudáveis, que não tiveram experiência paranormal. E fizeram um experimento para alterar os sinais neurais nas regiões do cérebro. Eles vendaram os participantes e pediram para que eles mexessem em um robô. Enquanto isso, atrás deles tinha um outro robô fazendo os mesmos movimentos.

Com os movimentos em sincronia, os voluntários não relatavam nada estranho. Mas quando tinha algum atraso, um terço dos voluntário relataram a presença fantasma na sala. Para duas pessoas em específico, a sensação foi tão estranha, que eles pediram para parar o experimento.

Resultado

Essas interações mudaram a função do cérebro nas regiões associadas com autoconsciência e percepção da posição dos corpos. De acordo com os pesquisadores, a presença fantasma foi sentida por causa de uma confusão do cérebro. Ele calcula mal a posição do próprio corpo e identificava como pertencente a outra pessoa.

“Nosso cérebro tem várias representações do nosso corpo no espaço. Em condições normais, ele é capaz de montar uma autopercepção unificada da pessoa por meio dessas representações”, ressaltou.

“Mas quando o sistema não funciona bem por causa de alguma doença – ou, nesse caso, por causa de um robô -, isso pode às vezes criar uma segunda representação de um mesmo corpo, que não é mais percebido como ‘eu’, mas como outra pessoa, ou uma ‘presença-fantasma'”, concluiu.

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