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Por que não lembramos nada de quando éramos bebês?

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Antes de você começar a ler essa matéria, pare um segundo e tente lembrar de quando você tinha dois anos de idade. Um pouquinho complicado, não é mesmo? Já reparou que é muito complicado termos lembranças da nossa infância? Por que será que isso acontece? Muitas explicações já foram dadas, Freud por exemplo, acredita que isso é uma forma de limpar traumas. Outros pesquisadores acreditam que existe algo biológico por trás desse fenômeno que ocorre na nossa infância. Crianças conseguem reter memórias normalmente, porém, por que elas esquecem tão rápido?

Hoje a Fatos Desconhecidos traz para você um pouquinho sobre esse acontecimentos muito curioso que todos nós passamos. Não adianta ficar forçando para lembrar, você vai descobrir que existe um porquê de você não conseguir. Dentro desses motivos há razões psicológicas, biológicas e sociais, então vamos a matéria.

Teoria da curva de esquecimento

Esses estudos surgiram no século XIX. Muitas pessoas (como você) se questionaram: “Por que eu não consigo lembrar de quando eu era um bebê?”. Como exatamente funcionava a memória do ser humano?

No século XIX o cientista, filósofo e psicólogo alemão, Hermann Ebbinghaus, fez alguns experimentos para tentar entender as limitações da memória. Segundo seus estudos, na idade de zero a dois anos de idade nossa memória é muito limitada. Com o tempo esses estudos foram mudando e novas teorias foram sendo traçadas.

A amnésia infantil

Utilizando quatro momentos críticos na vida de uma criança, dois pesquisadores observaram em 1990 como funcionava a memória de um bebê. Esses quatro momentos são: o nascimento do irmão mais novo, hospitalização, morte de parentes e mudança de residência.

Foi concluído então que ele conseguiu lembrar de internações, do nascimento do irmão mais novo mas tinha poucas memórias do falecimento de familiares. Segundo Qi Wang, psicólogo da universidade de Cornell, nossas lembranças são afetadas também por fatores culturais. Comparando estudantes chineses e americanos, Wang notou certas diferenças. Os estudantes americanos se recordavam melhor de eventos passados em suas infâncias. O psicólogo também procurou conversar com mães e crianças europeias e observou que elas recordavam mais facilmente do que as chinesas.

Qi Wang concluiu que a medida que a sociedade dá importância a memória, nós somos estimulados a lembrar de momentos do passado. Sociedades que valorizam mais a memória conseguem ter lembranças mais facilmente do que outras. Os Maoris, povo que habita a Nova Zelândia, são um exemplo disso. Eles conseguem lembrar de quando tinham dois anos e meio de idade.

Por que não lembramos nossos primeiros dias?

Segundo pesquisadores da SickKids, instituto da Universidade de Toronto, no Canadá, crianças conseguem reter memórias de forma efetiva. Todavia, devido o processo de neurogênese ser mais acelerado, ou seja, criação de neurônios, essa velocidade acaba bagunçando suas cabecinhas. Colocando em outras palavras, o número de neurônios cresce tão rapidamente que elas simplesmente esquecem com a mesma velocidade.

Essa conclusão não elimina propostas mais antigas sobre a amnésia infantil, mas aplica um fator biológico ao processo. Por exemplo, Freud diz que a amnésia infantil é um mecanismo para esquecer traumas da idade. Hipótese que não é descartada.

E aí, o que você achou da matéria? Não esqueça de deixar seu comentário aí embaixo e até a próxima!

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