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Por que o Universo Estendido DC merece uma segunda chance?

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Criadas respectivamente em 1934 e 1939, DC Comics e Marvel vêm coexistindo e polarizando o universo de super-heróis há quase um século. Apesar de terem construído um caminho para que outras companhias investissem ou até reformulassem o gênero – se é que podemos chamar assim – ambas editoras passam a maior parte do tempo competindo entre si e vendo quem atrai mais público. Por anos, isso se limitou ao universo de publicações impressas. Contudo, hoje, essa disputa se tornou transmidiática e não se limita a uma única plataforma, englobando desde séries de TV e filmes à videogames. Pois bem, embora exista muito assunto quando se trata dessa épica rivalidade, hoje vamos nos atentar aos seus universos cinematográficos. Quer dizer, o foco aqui é o Universo Estendido DC mas, visto que é praticamente impossível falar sobre os problemas do DCEU sem apresentar o Universo Cinematográfico Marvel, a Casa das Ideias fará um cameo por aqui.

DC Comics vs Marvel

Há pouco tempo atrás comentamos sobre como a Marvel desenvolveu a década de super-heróis. Em suma, a discussão girava em torno de toda a preparação do estúdio, desde o tiro no escuro que foi Homem de Ferro (2008) até o colossal sucesso de Vingadores: Ultimato (2019). Tudo começou com apenas uma ideia para sair da falência após vender os direitos de seus personagens mais populares para outros estúdios, e acabou se tornando um dos maiores marcos cinematográficos da história, com um mega crossover jamais visto. Embora tendamos a nos agarrar ao resultado final, é importante lembrar que a Casa das Ideias levou anos se preparando para desenvolver o MCU. Apesar de Homem de Ferro ter sido o pontapé inicial, o conceito de um universo compartilhado só foi oficialmente anunciado em 2014. Em contrapartida, quando a Marvel lançou o primeiro longa de seu extenso projeto, a DC estava lidando com a aclamação de Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008) e não se preocupou em olhar para o futuro.

Sendo assim, quando Zack Snyder surgiu com o conceito do DCEU, a Warner quis apressar o processo e, como bem sabemos, a pressa é inimiga da perfeição. Como resultado dessa precipitação, tivemos O Homem de Aço (2013) inaugurando esse universo estendido e em seguida foram lançados Batman vs Superman (2016) e Liga da Justiça (2016). Nesse intervalo de tempo também houve o Esquadrão Suicida (2016), mas esse poderia facilmente ter sido um filme independente do DCEU, aliás, talvez houvesse sido até melhor. Enfim, a questão é que, em menos de dois filmes a Warner apresentou a Liga da Justiça visando concorrer com os estimados Vingadores da companhia rival. Resultado: fracasso.

Um recomeço para o DCEU

Depois do fracasso crítico e público que foi Liga da Justiça, a Warner acabou desistindo do conceito de universo estendido mas seguiu lançando filmes que referenciassem uns aos outros. Isso deu tempo para que os fãs digerissem melhor a quantidade de informações existentes nesse universo e para que os executivos pensassem em um plano de escape. Vale lembrar que nesse meio tempo Coringa (2019) foi lançado independentemente e, superando toda e qualquer expectativa, se tornou a adaptação de quadrinhos mais rentável de todos os tempos. Tal acontecimento serviu para mostrar à Warner que havia mais caminhos a serem explorados. Dessa forma, The Batman, que deveria fazer parte do DCEU se tornou um projeto também independente. Mas isso significava o fim do Universo Estendido DC? Não, exatamente.

Acontece que a emprese teve a brilhante ideia de usar um clássico dos quadrinhos da DC como suporte para a infraestrutura precária criada pela Warner para o DCEU. A solução? Um Ponto de Ignição. Através do filme solo do Flash o conceito de espaço-tempo será explorado, desencadeando o multiverso DC. Sendo assim, poderão haver tanto universos compartilhados como individuais, dando maior liberdade para o estúdio explorar tanto projetos como Coringa e The Batman quanto derivados de uma Liga da Justiça. Mas, a grande questão é: será que a Warner seguirá explorando o universo estendido protagonizado pela incrível equipe de super-heróis? Bom, deveria.

A Liga da Justiça é o grande trunfo da DC Comics. Enquanto a Marvel teve de criar todo um universo cinematográfico para fazer o público familiarizar com os Vingadores, toda uma geração cresceu assistindo as animações da DC e crescendo com os integrantes da Liga. Sendo assim, seria um grande desperdício deixar de explorar essa oportunidade, ainda mais que o maior problema, vulgo a incoerência desse universo, será resolvido com The Flash.

Imagens: Warner Bros.  Marvel.

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