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Por que passar pelas portas nos faz esquecer o que estávamos fazendo?

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Todos nós já passamos pela seguinte situação: de repente, você entra em uma sala e percebe que não sabe, ao certo, o que está fazendo lá. Ou então, você está assistindo TV ou trabalhando no computador e sente uma vontade de comer algo ou beber água. Porém, ao entrar na cozinha, você se esquece o que te levou até lá.

É importante dizer que isso é algo completamente normal e acontece com muita frequência. No entanto, antes não sabíamos ao certo o porquê disso acontecer. Agora, os cientistas podem ter desvendado o mistério.

O fenômeno, que foi chamado de ‘Efeito Porta’, produz uma perda temporária de memória, ao atravessarmos as portas e entrarmos em um novo ambiente. Entretanto, por mais incômodo que isso possa ser, a situação pode revelar algo importante sobre nossas mentes.

É comum ficarmos um pouco incomodados quando esquecemos algo que acabamos de pensar. Geralmente, quando isso acontece pensamos estar ocupados demais, com coisas mais importantes da vida, ao invés de pequenas coisas.

Apesar de parecer uma explicação lógica para a situação, ela não é precisa. O esquecimento momentâneo pode nos dizer muito sobre como algumas coisas estão organizadas em nossa mente.

Nosso cérebro percebe os diferentes níveis de uma mesma tarefa. Assim, tarefas familiares são realizadas sem muito esforço. Sem pensarmos muito em cada um de seus passos. Porém, quando somos confrontados com uma circunstância incomum, nosso cérebro se concentra em todos os detalhes dessa tarefa.

Efeito Porta

No cotidiano, realizamos muitas tarefas e nossa atenção vai continuamente mudando de direção. Em coisas mais simples e familiares, costumamos concentrar nossa atenção no objetivo final e o resto costuma transcorrer sem problemas.

Por exemplo, uma pessoa, ao dirigir, pode mudar de marcha, verificar o painel e gerenciar o volante, enquanto conversa com outras pessoas no carro. Ela não está pensando em cada pequena ação que está fazendo, até se deparar com uma situação desconhecida e que exija toda a sua atenção. Por exemplo, ao chegar a um cruzamento mais complicado, onde ela deverá parar, sugerindo que deva se concentrar em suas próximas ações.

Assim, os psicólogos acreditam que essa maneira de atribuir importância e atenção nos ajuda com certas tarefas cotidianas. E é quando o efeito porta é acionado. Quando nossa mente muda nossa atenção, de um nível para outro. Um estudo, realizado pela Universidade de Notre Dame, pode nos auxiliar a compreender o fenômeno. Isso utilizando um ambiente simulado por um computador.

Estudos

No ambiente de um jogo, havia 55 quartos grandes e pequenos. Nos quartos pequenos, havia uma mesa, e nos grandes, havia duas mesas, uma de cada lado. Além do mais, havia um objeto geométrico colorido, em cima de cada uma das mesas.

Os participantes foram instruídos a se movimentarem dentro das salas, utilizando as setas do teclado. Ele deveriam pegar o objeto de uma mesa e levá-lo para a próxima mesa. Lá, eles encontrariam um novo objeto, para ser movido para outra mesa. Depois de ser coletado, o objeto se tornaria invisível para o participante.

Vez ou outra, os participantes tinham que atravessar as salas para colocar o objeto coletado na mesa seguinte. Outras vezes, eles precisavam atravessar portas e entrar em salas diferentes. Toda vez que o jogador passava por uma porta, o jogo gerava uma pergunta, para testar a memória do participante.

Com isso, o estudo mostrou como passar pelas portas, aparentemente, enfraquecia as memórias do jogador. A segunda fase do estudo consistia em replicar a dinâmica do jogo, mas na vida real. Surpreendentemente, os participantes produziram os mesmos resultados.

Assim, o efeito porta nos diz que nossa capacidade de lembrar das coisas não depende somente do que aconteceu. Na verdade, algumas de nossas memórias estão mais prontamente disponíveis, porém, elas possuem um prazo de “validade” mais curto. Essas memória temporárias expiram para que novas informações possam ser absorvidas.

Em suma, o estudo revela que, ao atravessarmos as portas e, consequentemente, o ambiente em que estamos ser alterado, isso aciona a expiração da memória de curto prazo.

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