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Primeira americana a andar no espaço é a primeira a chegar no ponto mais profundo do oceano

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Durante muito tempo, as mulheres permaneceram em status bastante inferiores aos homens. Mas não se engane, ao longo da história, muitas foram capazes de superar isso e estabelecer sua real força, mostrando pelo que vieram ao mundo. Assim, foram capazes de moldar o curso da história do país que governavam e em alguns casos, influenciaram até mesmo em mudanças mundiais.

Seja implementando duradouras reformas, ou enfrentando perigosos exércitos, o fato é que as mulheres marcaram presença na construção da história. E claro que ainda marcam.

No último domingo, por exemplo, Kathy Sullivan fez história pela segunda vez. Depois de quase 25 anos dela ter sido a primeira mulher americana a andar no espaço, ela se tornou a primeira mulher a chegar no Challenger Deep. Esse é o ponto mais profundo dos oceanos na Terra. E ela é a única pessoa a ter feito essas duas coisas.

O Challenger Deep fica a quase 11 quilômetros abaixo da superfície do oceano pacífico. Ele fica dentro das Fossas das Marianas, cerca de 300 quilômetros a sudoeste de Guam. A mulher é a oitava pessoa, na história, que mergulhou nesse lugar.

Sullivan, de 68 anos, copilotou um submersível chamado “Limiting Factor” junto com o milionário, aventureiro e investidor Victor Vescovo. E a primeira coisa que os dois fizeram quando voltaram a superfície foi ligar para os astronautas na Estação Espacial Internacional.

“Como um híbrido de oceanógrafa e astronauta este foi um dia único na vida. Ver a paisagem do Challenger Deep e depois compartilhar observações com meus colegas da ISS sobre nossa espaçonave extraordinária, reutilizável e espacial”, disse Sullivan.

Desafios

O submersível Limiting Factor foi construído pela Triton Submarines e Caladan Oceanic e cabe somente duas pessoas. Sullivan e Vescovo passaram aproximadamente 10 horas a bordo dele.

Foi um total de quatro horas, até que eles descessem até a profundidade de esmagamento de 10.941 metros. No fundo do oceano, eles ficaram cerca de uma hora e meia. E depois, passaram as outras quatro horas subindo.

“Este é o destino mais exclusivo da Terra. Mais pessoas estiveram na lua do que no fundo do oceano”, disse Rob McCallum, sócio fundador da EYOS Expeditions, a empresa que coordenou a missão.

Nas profundezas do Challenger Deep, a água é escura e a pressão é de oito toneladas por polegada quadrada. Isso é aproximadamente mil vezes a pressão no nível do mar. Sullivan descreveu que a pressão no casco do Limiting Factor era parecida com se 7.900 ônibus de dois andares estivessem em cima deles.

Por isso que o casco foi projetado com liga de titânio de nove centímetros, justamente para suportar essa pressão. E ele se provou eficaz nas outras cinco viagens que já tinha feito ao Challenger Deep. Além do que, ele é o único submersível criado capaz de fazer esse mergulho mais de uma vez.

Legado

Sullivan já está acostumada a trabalhar em situações de alta pressão. Em seus 15 anos de carreira na NASA ela participou de três missões em ônibus espaciais. Inclusive, ela estava presente na missão que implantou o telescópio Hubble.

Em 1978, ela foi uma das primeiras mulheres a ser selecionada para o corpo de astronautas da NASA. E no dia 11 de outubro de 1984, ela foi a primeira mulher americana a andar no espaço fora do ônibus espacial.

Depois que sua carreira como astronauta chegou ao fim, ela foi buscar sua outra paixão, a oceanografia. E em 1993, ela foi nomeada como cientista-chefe da Associação Nacional Oceânica e Atmosférica. E de 2014 a 2017, ela foi administradora da associação.

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