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Profissionais criam protótipo de carne humana e projeto é exposto em museu

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Desde já, atenção: trazemos novidades. Acredite ou não, recentemente, cientistas americanos conseguiram elaborar um tipo de carne feita a base de sangue e células humanas. Conhecido como Bife Ouroboros, o experimento, que por sinal tem sido considerado bizarro por muita gente, está em exibição no Design Museum, em Londres. A carne humana, criada em laboratório, faz parte da exposição Beazley Designs of the year.

O nome do novo protótipo de carne foi inspirado em antigas serpentes egípcias que comiam a si mesmas. De acordo com o portal de notícias britânico UNILAD, a carne foi ‘cultivada’ a partir de células do interior da bochecha. Os corpúsculos, logo depois, foram alimentados uma espécie de soro, oriundo de doações de sangue vencidas.

O Bife Ouroboros foi criado pelo cientista Andrew Pelling, o artista Orkan Telhan e a designer industrial Grace Knight. Os envolvidos acreditam que o projeto poderia influenciar o cultivo doméstico da carne.

Com alguns aprimoramentos, as pessoas, no futuro, poderiam retirar células da própria bochecha – com o auxílio de um cotonete – e, em seguida, depositá-las em suportes feitos com micélios de cogumelos. As células, após serem armazenadas em um local aquecido, seriam alimentadas com o soro feito a partir de sangue, até desenvolverem completamente.

O projeto foi criado como forma de minimizar o impacto que a indústria da carne ocasiona. “Cultivando a própria carne não provocamos nenhum dano aos animais”, explicou Knight. Além disso, a designer industrial ressalta também que o sangue de doações vencidas usado para a criação do soro é mais barato e sustentável que o soro fetal bovino, atualmente, usado para a produção de carnes em laboratório.

A designer industrial lembra também que o projeto não visa propagar o canibalismo. “Não estamos promovendo comer a nós mesmos como uma solução que resolverá a questão da falta da proteína no futuro. Em síntese, o que queremos fazer aqui é questionar até onde somos capazes de ir se continuarmos consumindo carne no ritmo que estamos. Futuramente, quem poderá bancar carne animal? Bom, quem nao tiver como, terá que cultivar”, disse Knight.

Ainda segundo o portal UNILAD, nenhuma carne já produzida integralmente em laboratório tem permissão para ser vendida. Neste meio tempo, o que nos resta é apenas ficar por dentro das novas descobertas que envolvem o setor.

O homem e a carne

Em 2015, o The Guardian foi um dos primeiros meios de comunicação a nos alertar sobre como o abate animal tem tomado um rumo desastroso. Para se ter uma ideia do cenário atual, precisamos voltar ao passado. De antemão, já sabemos que, desde a Idade da Pedra, o homo sapiens vem causando verdadeiros desastres ecológicos na Terra.

O que poucos sabem é que quando chegou à Oceania, há 45.000 anos, o homem foi capaz de dizimar 90% de todas as espécies grandes terrestres. Posteriormente, quando chegou às Américas, há 15.000 anos, 75% das espécies mamíferas desapareceram. De acordo com a reportagem publicada pelo The Guardian, acredita-se que, antes mesmo do homem ter escrito o primeiro texto, 50% de todos os mamíferos terrestres do globo já haviam sido dizimados. Ou seja, o homem sempre se destacou no quesito destruição.

A indústria da carne, hoje, é apenas um reflexo do passado, tanto que mais de 90% de todos os grande animais terrestres, além de serem domesticados, estão confinados e com o tempo de vida contado. Os animais, além disso, sofrem. Muitos são trancados em gaiolas extremamente pequenas, têm seus bicos cortados, são castrados sem anestesia ou têm seus filhotes separados no momento de seu nascimento.

O projeto acima, mesmo sendo bizarro e causando repulsa em alguns, é, em poucas palavras, a provável solução de problemas que nós mesmo temos criado ao longo dos anos.

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