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Projeto brasileiro treina cachorros para detectar mais de 40 tipos de câncer de mama

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cachorro é o melhor amigo do homem. Eles podem fazer companhia para seus donos, os ajudar a andar, caso sejam cegos, servir como método de terapia para alguma doença. Do mesmo modo, também alegrar o ambiente em que estão.

Essa amizade já dura séculos, e por isso, o animal é considerado o melhor amigo do homem. Além de fazerem companhia para seus donos, os cachorros são capazes de salvar vidas.

Câncer é o nome dado a um conjunto de centenas de mutações patológicas que acometem pessoas em todo o mundo. E o câncer de mama já o segundo tipo de doença mais comum entre as mulheres no mundo, ficando atrás apenas do câncer de pele.

Por isso, detectar essa doença o quanto antes é imprescindível. Em um experimento feito dentro de um laboratório, um circuito foi montado com quatro  cones com diferentes amostras de odores do corpo humano. Então, Ônix, um pastor alemão, e Black, um pastor belga, passearam pelo ambiente buscando detectar o diagnóstico positivo de câncer através do cheiro. Coisa que é imperceptível para os humanos, mas não para os cães.

Cachorros

Os cachorros são treinados desde filhotes. E os animais oferecem 91,8% de certeza na detecção da doença. O experimento é parte do projeto chamado KDOG que começou a ser organizado no Brasil há dois anos. O objetivo é ajudar no processo de triagem do combate ao câncer de mama nas regiões mais afastadas do Brasil. Como por exemplo nas populações indígenas e ribeirinhas.

“A iniciativa não surge para substituir os protocolos tradicionais, e sim para ajudar a antecipar a constatação da doença em pessoas que não têm acesso fácil a exames como a mamografia”, explicou Leandro Lopes, responsável técnico e cinotécnico do estudo no Brasil.

Por mais que a pesquisa ainda esteja nas fases iniciais no país, o KDOG também existe na França já há sete anos. Na França o projeto é especialmente para levar a chance de um diagnóstico precoce para os países com uma baixa qualidade de vida.

“Na França, a cada 15 minutos de caminhada existe um local para fazer mamografia. Lá, o sistema de saúde é muito diferente”, ressaltou Lopes.

Segundo o pesquisador, eles entraram em contato com eles em 2019 e conseguiram a parceria. “Quando eu cheguei no laboratório da França, a primeira detecção que assisti foi muito marcante. Tive a certeza daquilo que vinha estudando e no qual acreditava há anos”, disse.

Projeto

O projeto tem o patrocínio da marca de ração Royal Canin e ainda está na primeira e mais demorada fase, que é o treinamento. “O sistema olfativo de um cachorro é muito mais apurado do que nós imaginamos, e o câncer nada mais é do que uma modificação biomolecular capaz de exalar odor”, explicou.

A detecção pode ser feita sem o contato do animal com o paciente. Isso diminui as chances de estresse de ambas as partes. Lopes diz que o sistema funciona com a entrega e um kit com sabonete neutro duas compressas e um saquinho zip lock para a pessoa que será examinada.

“Antes de dormir, a pessoa lava as mãos com o sabonete neutro, coloca uma compressa em cada mama, veste a roupa e vai dormir. Ao acordar, ela pega o sabonete neutro de novo, lava as mãos, tira as compressas, coloca dentro do saquinho e manda para gente”, explica.

Com essa amostra a equipe monta o circuito no laboratório e dá algumas opções de compressas  para os cachorros. Quando eles detectarem algo ficarão parados em frente à amostra.

Através da odorologia, os animais são capazes de identificar diabetes, vírus como o do COVID-19, além de mais de 40 tipos de câncer de mama em estágio inicial que é o foco do KDOG.

“Nossa meta agora é o câncer, mas com certeza pensamos em outras análises para o futuro. Vamos conseguir salvar muitas vidas com nossos amigos de quatro patas”, concluiu.

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