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Quais as principais diferenças entre os incêndios da Amazônia e Austrália?

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Recentemente, cientistas afirmaram que, de setembro a janeiro de 2020, os incêndios florestais na Austrália, emitiram quase tanto CO2 quanto o gerado nas queimadas, que atingiram a Amazônia. No entanto, você sabe quais são as principais diferenças, entre os incêndios da Amazônia e Austrália?

Para se ter uma ideia, os incêndios, que atingiram os estados brasileiros que abrangem a Amazônia, emitiram 392 milhões de toneladas de gases de efeito estufa. Tudo isso com as queimadas do ano de 2019. No entanto, em menos tempo, os incêndios na Austrália já atingem números alarmantes e que assustam.

Por que o caso da Amazônia é mais preocupante?

Primeiro, precisamos entender como funciona a vegetação australiana. Ao contrário do Amazônia, o que encontramos na Austrália, se assemelha ao clima da Califórnia, nos Estados Unidos ou com o temos de cerrado, no Brasil. Ou seja, incêndios podem ocorrer de forma natural. Na Austrália, os incêndios recentes se espalharam de forma muito mais intensa, na floresta tropical seca. Além disso, estão muito mais extensos e duradouros, por conta de diversas mudanças climáticas.

Enquanto isso, a Amazônia só pode ser queimada por meio da ação humana. Uma vez que a vegetação é de floresta tropical úmida, os focos de incêndio costumam ser iniciados por alguém. Dessa forma, o fogo surgiu principalmente para limpar áreas previamente desmatadas. Ou seja, o fogo, nesse caso, criminoso, queimou uma área que está derrubada, enquanto que, na Austrália, as florestas pegam fogo “em pé”.

Desde 2017, a Austrália passa por um longo período de secas. Dessa forma, o ano que os incêndios se iniciaram foi o mais seco desde 1902. Além disso, a situação só se agravou nos meses seguintes. Enquanto isso, na Amazônia, é preciso combater o desmate. E ainda, ajudar os pequenos produtores a usar o fogo de forma responsável, ou melhor, formas alternativas para lidar com a mata desmatada. Contudo, nada disso é possível, sem a ajuda de um governo, que reconheça o tamanho do problema.

Quem pode resolver esse problema?

Tanto o governo da Austrália como o do Brasil minimizam o problema e o efeito do aquecimento global. De acordo com o primeiro-ministro australiano, Scott Morrisson, as mudanças climáticas não são reais. Além disso, o primeiro-ministro também afirmou que não há uma ligação entre o fogo e possíveis mudanças climáticas no país. Contudo, depois da repercussão de sua afirmação, ele mudou parte de sua fala. Recuando sobre o caso, Scott disse que esse seria um dos “fatores” ligados ao problema. No caso do Brasil, Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, já se levantou a parcela de culpa da ação humana, no aumento das temperaturas.

De acordo com Adam Hodge, funcionário do Programa Ambiental das Nações Unidas, os resultados do aquecimento global estão se tornando cada vez mais visíveis. “Os incêndios florestais são normais na Austrália como parte do ciclo natural. Mas algumas estimativas mostram que a dimensão dos atuais incêndios pode ser a pior já registrada”, disse Hodge. “Eles são um prenúncio do que está por vir. Estes são os efeitos que estamos vendo em um mundo cuja temperatura média subiu para 1,1ºC acima da média pré-industrial”. De fato, combater às mudanças climáticas poderia ajudar a evitar maiores catástrofes e ainda, ajudar na luta contra o aquecimento global.

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