Curiosidades

Qual a origem do meme dos dançarinos de funeral?

0

Recentemente, o meme dos dançarinos de funeral tomou conta da internet. No vídeo, um grupo exibe um talento inegável para dançando ao mesmo tempo em que carrega um caixão. De fato, é algo que só da para entender vendo o vídeo. Mas com toda essa repercussão, muitas pessoas estão se perguntando qual a origem do meme dos dançarinos de funeral.

Em 2017, a tradição de funerais em Gana ganhou visibilidade por conta de uma matéria feita pela BBC. Dessa forma, o mundo pode entender essa “nova tendência” nos funerais, criada pelo agente funerário Benjamin Aidoo. “Você quer que seja solene ou você quer um pouco mais de espetáculo?”, explicou o agente funerário. Assim, o funeral é acompanhado de uma música tradicional africana ou um jazz, de fanfarra, tocada ao vivo. No entanto, para o meme, o vídeo ganhou uma trilha musical mais eletrônica.

Quem são os “caras” do “meme do caixão”?

Antes da dança viralizar, Gana já tinha fama por seus caixões “festivos”, representando algumas coisa importante ou simbólica para a pessoa falecida. Entre os usos do caixão, podemos citar carros, celulares e garrafas da Coca-Cola. Contudo, o vídeo que dá origem ao meme, presente na reportagem da BBC, pode ser assistido aqui.

Depois disso, os dançarinos de funeral se tornaram “memes” quando um usuário do TikTok postou o vídeo com o remix da música Astronomia, de Tony Igy e Vicetone. Em alguns vídeos, a música original de Tony Igy também pode ser encontrada. Dessa forma, o meme consistia em algum realizando uma atividade perigosa e que não termina bem. Em seguida, os dançarinos de funeral entram para a “comemoração”. Para assistir ao vídeo original do TikTok, basta clicar aqui. Em apenas um mês, o vídeo recebeu mais de 4,5 milhões de visualizações e 471 mil curtidas.

Novas forma de dizer adeus àqueles que amamos

Podemos afirmar que a África possui tantas tradições funerárias quanto possui povos. Dessa forma, entre essas tradições, há os enterros festivos, celebrando a vida da pessoa, não a morte. Particularmente, esses eventos são notórios na África Ocidental, entre populações cristãs e tradicionais de Gana e Nigéria. Assim, a despedida vem na forma de um grande evento social. Um funeral nesses países, envolvendo música, dança, banquetes, bebida, pode ser mais caro que um casamento. Muitas vezes, esses são os eventos que reforçam as diferenças sociais entre ricos e pobres. Entretanto, no caso de povos muçulmanos da região, os funerais são bem mais discretos e não possuem esse tom de festividade.

Quando alguém morre, a celebração é marcada para um sábado, de forma que os convidados possam chegar e as preparações sejam feitas da forma correta. Enquanto isso, durante a semana, o corpo espera no necrotério. Contudo, funerais felizes geralmente se reservam a pessoas mais velhas, que tiveram uma vida plena e uma “boa morte”. Mortes trágicas e antes do tempo contam com eventos discretos, indicados por uma cruz no caixão. Além do uso de vermelho e preto para os convidados, as cores do luto doloroso. Por outro lado, funerais festivos usam preto e branco.

Às vezes, um funeral pode ser um pouco dos dois. Desse modo, enquanto os parentes próximos sofrem e vestem vermelho e preto, os outros convidados festejam. Assim, a tradição da festa na despedida foi levada da África Ocidental pelos escravos. E também pode ser vista nos funerais jazz de Nova Orleãs e as cerimônias do vodu haitiano.

7 festas virtuais insanas de tempos de quarentena

Artigo anterior

The Last of Us 2 é adiado por tempo indeterminado

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido