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Qual é a diferença entre astronomia e astrologia?

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Em algum momento ou outro, você já deve ter feito essa pergunta. Afinal, qual é a diferença entre astronomia e astrologia? Ambas têm raízes que remontam a milhares de anos, o que é frequentemente o motivo pelo qual as duas áreas de estudo são misturadas ou assumidas como sendo as mesmas. A astrologia continuou a fazer parte da ciência dominante até o final dos anos 1600. Na época, Isaac Newton demonstrou alguns dos processos físicos pelos quais os corpos celestes se afetam mutuamente. As mesmas leis que fazem uma maçã cair de uma árvore, também se aplicam aos movimentos da esfera celeste. Desde então, a astronomia evoluiu para um campo completamente separado. Esta é o estudo de objetos e fenômenos celestes através da aplicação da física, química e matemática. Essas disciplinas ajudam a esclarecer as origens desses objetos, sua composição e sua maneira de interação.

As astronômicas previsões sobre fenômenos celestes são feitas e testadas usando o método científico. Em contraste, a astrologia é considerada por muitos como um passatempo e uma pseudociência. Embora milhares de pessoas em todo o mundo ainda invoquem publicações de astrologia em importantes experiências profissionais, médicas e pessoais. Há uma razão, no entanto, pela qual as pessoas continuam a confiar nos horóscopos.

O editor sênior, Alan MacRobert, explica na Sky & Telescope o motivo pelo qual a astrologia ainda é tão popular. “Os planetas não têm nada a ver com isso. Mas esse não é o ponto. Se você quiser falar com sua cunhada religiosa ou com seu tio, a maneira de fazer isso não é discutir física ou astronomia, mas explicar por que a astrologia funciona”. O trabalho de antigos astrólogos formou a base para mapas estelares e de navegação. No entanto, não há base científica na prática atual da astrologia.

Origem e definições da astrologia

De acordo com o site Futurism.Media, a astrologia é o estudo dos padrões de movimentos e posições relativas dos corpos celestes. Eles são interpretados como sendo reflexos acerca dos assuntos humanos e do mundo natural. A astrologia mapeia os céus no momento do seu nascimento e, nesse mapa, astrólogos habilidosos incitam questões sobre a vida humana.

Por incrível que pareça, as prelucidações astrológicas são baseadas em observações e experiências que remontam ao início da história escrita – 5.300 anos atrás. Marcações em ossos e paredes de cavernas mostram que os ciclos lunares estavam sendo observados já há 25 mil anos atrás. No entanto, atualmente é considerada como uma pseudociência. Ela não estuda as características físicas de estrelas, planetas e galáxias. Muito menos se preocupa em aplicar os princípios da física aos objetos que usa e não tem leis físicas que ajudem a explicar suas descobertas. De fato, há muito pouca “ciência” na astrologia.

Seus praticantes, chamados astrólogos, simplesmente usam as posições de estrelas e planetas e o Sol, visto da Terra, para prever as características individuais das pessoas. É, em grande parte, semelhante à adivinhação, mas com um “toque” científico para dar a ela algum tipo de legitimidade. Na verdade, não há como usar estrelas e planetas para dizer qualquer coisa sobre a vida de uma pessoa. Atualmente, a astrologia é entendida como uma forma não científica de entretenimento que desenha conexões entre o comportamento humano e o alinhamento das estrelas e planetas.

Há mais de um tipo de estudo astrológico?

Sim, existem muitos campos diferentes no estudo da astrologia. Uma delas é “Natal”, que usa o momento do nascimento para desenhar um mapa dos céus (Carta Natal) e mostra o potencial da vida de uma pessoa. Também serve como um guia individual, ou seja, uma espécie de mapa para a vida humana.

A astrologia do horóscopo estuda as experiências atuais. O astrólogo observa um gráfico com a localização dos planetas. Quando você nasce, o gráfico é desenhado e se torna sua Carta de Natal, mas os planetas continuam se movendo. À medida em que isso acontece, os aspectos entre eles e suas posições indicam eventos e novas possibilidades.

Tem-se também a Sastrastria, que é o estudo de como as pessoas podem progredir em vida. Você pode sobrepor um mapa natal em outro e estudar como os planetas e as casas se misturam. Esse tipo de astrologia é mais usada para leituras românticas. Por fim, também é possível identificar a astrologia horária/preditiva. É uma das formas mais antigas que percorre o momento em que astrólogo faz uma pergunta e desenha um gráfico. Em vez de considerar o nascimento da pessoas, constrói-se linhas possíveis para responder o questionamento das pessoas.

Origem e definições da astronomia

As pessoas sempre observaram os céus, procurando colocar significado e ordem no universo ao seu redor. Embora o movimento das constelações – padrões impressos no céu noturno – fosse o mais fácil de rastrear, outros eventos celestes, como eclipses e o movimento dos planetas, também foram mapeados e previstos. A astronomia, assim como o campo relacionado da astrofísica, cobre a ciência da observação de estrelas e a física que explica como as estrelas/galáxias funcionam.

É o estudo do sol, lua, estrelas, planetas, cometas, galáxias, gás, poeira e outros corpos não-terrestres e fenômenos. Historicamente, a astronomia incluiu disciplinas tão diversas como a astrometria, a navegação celeste, a astronomia observacional, a elaboração de calendários e até mesmo a astrologia, mas a astronomia profissional é hoje em dia muitas vezes considerada idêntica à astrofísica.

Ao contrário da maioria dos outros campos da ciência, os astrônomos são incapazes de observar um sistema inteiramente desde o nascimento até a morte. A vida de mundos, estrelas e galáxias abrangem milhões a bilhões de anos. Em vez disso, os astrônomos analisam os corpos em vários estágios de evolução para determinar como eles se formaram, evoluíram e morreram.

Assim, a astronomia teórica e observacional tende a se misturar, à medida que os cientistas teóricos usam as informações realmente coletadas para criar simulações. Por conseguinte, as observações servem para confirmar os modelos – ou para indicar a necessidade de ajustá-los.

Há mais de um tipo de vertente astronômica?

A astronomia é dividida em vários subcampos, permitindo que os cientistas se especializem em objetos e fenômenos específicos. Os astrônomos planetários concentram-se no crescimento, evolução e morte dos planetas. Enquanto a maioria estuda os mundos dentro do sistema solar, alguns usam o corpo crescente de evidências sobre planetas em torno de outras estrelas para levantar a hipótese de como eles poderiam ser.

Já os astrônomos estelares observam e analisam as estrelas, incluindo buracos negros, nebulosas, anãs brancas e supernovas. A Universidade da Califórnia, em Los Angeles, diz: “O foco da astronomia estelar está nos processos físicos e químicos que ocorrem no universo”. Os cientistas ou astrônomos solares passam seu tempo analisando uma única estrela – nosso sol.

De acordo com a NASA, “a quantidade e qualidade da luz do sol varia em escalas de tempo de milésimos de segundo a bilhões de anos”. Entender essas mudanças pode ajudar os cientistas a reconhecer como a Terra é afetada. O sol também nos ajuda a entender como as outras estrelas funcionam. Afinal, é a única estrela perto o suficiente para revelar detalhes sobre sua superfície.

Os astrônomos galácticos estudam a Via Láctea, enquanto os astrônomos extragalácticos espiam fora dela para determinar como essas coleções de estrelas se formam, mudam e morrem. A Universidade de Wisconsin-Madison reforça: “estabelecer padrões na distribuição, composição e condições físicas de estrelas e gás rastreia a história de nossa galáxia em evolução”.

Por sua vez, os cosmólogos concentram-se no universo em sua totalidade. Desde o Big Bang até a evolução atual. A astronomia estuda frequentemente coisas muito concretas e observáveis, enquanto a cosmologia envolve propriedades do universo em larga escala.

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