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Qual é a origem das festas juninas?

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Já consegue sentir o cheiro das pamonhas, quentões e tudo o que nós temos direito? E as quadrilhas e danças típicas da época? Sente-se pertencido dentro desta tradição ou para você é só uma festividade como outra qualquer? Bom, de toda forma, é interessante entendermos como tudo começou. Afinal, qual é a origem das festas juninas? Por mais que pareçam extremamente regionais, elas surgiram nos países europeus católicos e eram chamadas de “joaninas”. Todas as comemorações da categoria tinham o objetivo principal de homenagear um dos principais santos católicos: São João. Vieram majoritariamente no período colonial por meio dos portugueses. Apesar de todo o Brasil comemorar as festas juninas, é na Região Nordeste que elas são mais disseminadas.

A princípio, comemorava-se apenas a festa de São João. Entretanto, como os dias de São Pedro e Santo Antônio aconteciam no mesmo mês, também foram incorporados às festas juninas.

Origem das festas juninas

Em todo mês de junho, há uma data em que o dia e a noite têm a maior diferença de duração (o solstício). No Hemisfério Norte, inclusive, é o mais longo dia de todo o ano. Esse é o período da colheita na Europa e, até mais ou menos o século 10, as populações dos campos comemoravam a data. Como? Realizando sacrifícios para afastar demônios e quaisquer pragas agrícolas.

“Como a agricultura é associada à fertilidade, cada região celebrava seu casal de deuses específico. No Egito, os votos eram para Ísis e Osíris. Na Grécia, havia a festa de Cronus, o patrono da agricultura, ou, apenas para as mulheres, Adônis e Afrodite, quando elas faziam plantações rituais e caíam na farra”, afirma a antropóloga e professora da PUC, Lúcia Helena Rangel para o UOL. As tradições eram similares às que temos hoje, com gastronomia regional, danças e fogueira.

Um ponto interessante foi o processo de adaptação dentro do universo católico. A Igreja, cujo Deus não era homenageado, considerava essas festas como meros rituais pagãos e demonizados. Entretanto, como não conseguiu acabar com a tradição, resolveu adaptar ao contexto da religiosidade cristã.

E foi justamente aí que firmou-se a festa junina. Três séculos depois, os portugueses chegaram ao Brasil e forneceram as bases da tradição junina. As comemorações foram adaptadas, mas os detalhes quanto à forma de celebrar o período ainda permaneceram.

Adaptações

Com o passar do tempo, as festas juninas foram ganhando características das várias regiões do nosso país. Atualmente, ainda fazem parte do folclore brasileiro. As fogueiras, bandeirinhas coloridas, barracas de comidas típicas e as danças de quadrilha são tão populares quanto o próprio carnaval.

O cardápio das festas juninas foi, em grande parte, adaptado à cultura agrícola local. Quando os portugueses chegaram em nosso país, transmitiram aos índios suas tradições, mas também adotaram algumas.

“Milho era um alimento muito utilizado pelos indígenas, ainda mais em junho, época de colheita. Então, desde o século 16, passou-se a preparar para as festas juninas uma série de derivados de milho“, afirma Fernando Pereira para o UOL. Ele é professor de cultura popular e cultura midiática da Universidade Mackenzie.

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