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Qual o diagnóstico da jovem que fez 66 cirurgias?

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Quando tinha 12 anos, Charlotte Evans ficou com partes de seu corpo inchadas por meses. E em todo esse tempo, ela não sabia o que havia de errado com sua saúde. Hoje, aos 19 anos, ela já passou por 66 cirurgias que buscaram diminuir e aliviar a pressão do inchaço.

Para se ter uma ideia, a jovem já chegou ao ponto de quase ter sua perna amputada. E, para além disso, Evans também já sofreu muito julgamento pelas marcas que ficaram em seu corpo, que muitos acreditam se tratar de cortes autoinfligidos.

Como ela descobriu a doença?

Na infância, Charlotte era uma criança saudável, adorava dançar e fazer tudo que uma criança fazia. No entanto, a doença veio e suas atividades foram interrompidas. Primeiro, vieram dores no quadril e o inchaço logo se espalho pela região do estômago, costas e pernas. Em pouco tempo, os calombos se tornaram enormes.

Ao notar que algo estava errado, Charlotte ficou três semanas internada. Mas, nesse tempo, nenhum dos médicos descobriu que havia de errado. Assim, ela foi liberada e os médicos asseguraram que aquilo não aconteceria novamente. Entretanto, não foi o que aconteceu. Em apenas alguns meses, sua mão inchou bem com as outras partes do corpo. Depois de um tempo, seus dedos começaram a ficar frios e os médicos disseram que se tratava de uma síndrome compartimental. Geralmente, isso acontecia em casos de lesão, mas não se sabia porque isso estava atingindo Charlotte.

De acordo com os médicos, a síndrome compartimental seria causada pelo acúmulo de pressão em resultado de uma hemorragia interna ou inchaço em um tecido fibroso chamado fáscia. Isso faz com que uma pressão seja gerada e o fluxo sanguíno seja diminuído. Dessa forma, os músculos e os nervos não recebem os suprimentos necessários para se manterem. Podendo ser tratada no hospital, uma cirurgia chamada de fasciotomia deveria solucionar o problema e aliviar a pressão, mas isso não aconteceu com Charlotte.

Ela quase perdeu a perna com tantas cirurgias

Depois da primeira cirurgia, tudo se tornou um caminho sem volta. “Foi então que fiz minha primeira cirurgia. Eles cortaram a fáscia muscular, deixaram a ferida aberta por alguns dias e depois fecharam”, afirma Charlotte. Com o tempo, a jovem passava cada vez mais tempo no hospital e chegou a ter que fazer as provas da escola no quarto de enfermaria.

Além dos problemas de inchaço e de ter quase perdido a perna, muitas pessoas julgavam as cicatrizes de Charlotte. Para muitas pessoas, ela se cortava e, inclusive, desconhecidos brigavam com ela por acharem isso. “Se isso acontece comigo, não posso nem imaginar com é com os que realmente se cortam. Não é a toa que seja difícil conversar sobre saúde mental”, afirma Charlotte.

Muito das vezes, Charlotte apenas tem um intervalo entre um tratamento e a volta do inchaço. Nesse tempo, ela busca dançar e aproveitar o máximo que pode antes de voltar do hospital. “Eu adoraria ser capaz de dançar o tempo todo e fazer isso muito bem, como no passado, mas não quero criar muitas expectativas”, afirma Charlotte. “Não sei se poderei fazer teatro musical. Mas, às vezes, você precisa ser melhor naquilo que está ao seu alcance, não naquilo que você planejou”, completa a jovem. De toda forma, ela, e todos nós, esperamos que sua condição melhore para que seja mantida em controle.

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