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Quando o gelo do Polo Norte desaparecerá completamente?

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Até quando, todo o gelo no Ártico vai durar? De acordo com relatórios, divulgados recentemente, já ocorre uma perda acelerada da cobertura de gelo, durante os verões no Ártico. Todo verão, quando o Ártico se aquece, estradas sazonais se abrem no oceano. O processo, no caso, permite que o gelo marinho migre para o sul, e derreta, por exemplo.

No entanto, dados revelaram algo, jamais ocorrido antes. A porta de entrada do Estreito de Nares se desfez, meses antes do previsto. A porta divide o noroeste da Groenlândia e a Ilha Ellesmere do Canadá. Além disso, de acordo com simulações computadorizadas, parte do gelo de algumas regiões do Ártico podem desaparecer até 2020.

Acredita-se que boa parte do gelo do Ártico pode derreter até 2050. O derretimento ocorre devido à variabilidade climática, e ao aumento das concentrações atmosféricas de CO2. Antes de tais mudanças, o Oceano Ártico ficava coberto de gelo o ano todo. Em contrapartida, atualmente, o gelo cobre menos da metade da área.

A grande maioria das publicações científicas aponta o efeito estufa, como o principal responsável pelo declínio da camada de gelo. Claro, normal. Para cada tonelada métrica de CO2 adicionada à atmosfera, três metros quadrados de gelo do mar desaparecem. As atuais taxas globais de emissão do CO2 é de 35 a 40 bilhões de toneladas métricas de CO2, a cada ano.

Para se ter uma ideia, nos próximos 20 a 25 anos, cerca 800 bilhões de toneladas métricas de CO2 podem ser adicionados à atmosfera. Caso isso ocorra, o Ártico, provavelmente, não terá gelo de julho até outubro. Isso significa que muitas espécies vão morrer e que a poluição, certamente, se espalhará mais facilmente pelo globo.

Estudos

De acordo com pesquisadores, a probabilidade de perder todo o gelo se reduz, caso o aquecimento global seja mantido abaixo de 1,5 graus Célsius. Por outro lado, de acordo com relatórios sobre mudanças climáticas, a estimativa é de que o aumento da temperatura global será de dois graus Célsius, por cada década. Caso o aumento seja de 2 graus Célsius, o Ártico perderá mais de quatro milhões de quilômetros quadrados de gelo marinho.

Pesquisadores acreditam que o cenário ainda pode mudar. Para isso, líderes governamentais devem discutir maneiras de limitar a quantidade de CO2 adicional, na atmosfera. Atualmente, o mundo libera cerca de 36 bilhões de toneladas de CO2, por ano. Essa quantidade, sendo emitida por mais 35 anos, é suficiente para o oceano Ártico ter um verão completamente sem gelo, em 2050. Na verdade, seria o primeiro em 125 mil anos, época anterior, ao início do último período glacial.

Gelo

A perda do gelo é um dos maiores problemas dos ursos polares. O gelo é o habitat desses animais. Além disso, o Ártico como um todo, depende de seu gelo marinho no verão para refletir a luz do sol e, assim, manter a temperatura fria.

A área do alto Ártico canadense ao redor do Estreito de Nares é onde os modelos climáticos projetam que o gelo mais antigo e de vários anos durará mais tempo. Isso levou os grupos conservacionistas, como o World Wildlife Fund, a pedirem maiores proteções ecológicas no país, apelidado de “Last Ice Area”.

Os cientistas costumam apontar diversos fatores como causadores do derretimento das geleiras dos mares. Dentre eles, há o aumento da temperatura das águas dos oceanos e o aquecimento da atmosfera. Poderíamos imaginar que a cobertura de gelo vai sendo derretida “por baixo” e “por cima”, simultaneamente.

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