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Quem vazou a receita da Bomba Atômica?

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Durante a Segunda Guerra Mundial, a União Soviética não mediu esforços para descobrir os segredos militares e de defesa dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha. Na época, o americano George Koval trabalhou no projeto ultra secreto Manhattan. Koval, para quem não sabe, foi um dos americanos responsáveis por repassar, aos russos, informações sobre a bomba atômica, produzida pelos Estados Unidos.

O Projeto Manhattan era um codinome do programa de armas atômicas liderado pelos EUA, em colaboração com a Grã-Bretanha e o Canadá. O programa já gerou mais de 1.500 investigações, envolvendo vazamento de divulgações de informações não autorizadas. Dentre todas as investigações, estima-se que, aproximadamente, cerca de 100 casos envolvem espionagem e 200 envolvem sabotagem.

As informações foram divulgadas no último volume do livro História do Distrito de Manhattan. A obra foi lançada, recentemente, e publicada on-line.

Os americanos

Koval não foi o único americano. O cientista americano, Theodore Hall, foi também outra figura de renome, que repassou informações sigilosas aos soviéticos. Hall nasceu em 1925. Sua juventude transcorreu durante a Depressão, um momento extremamente difícil para os americanos.

Mesmo sendo um período complicado, Hall, aos 16 anos, conseguiu uma vaga na prestigiosa Universidade Harvard. Formou-se em 1944. Seu desempenho como estudante chamou a atenção das autoridades dos EUA. Assim, Hall começou a trabalhar no laboratório secreto de Los Alamos.

Os oficiais americanos, entretanto, não sabiam que o jovem já havia passado por outro tipo de recrutamento. Hall era membro da organização estudantil marxista de Harvard e Saville Sax, seu colega de quarto na época, foi quem recrutou Hall para trabalhar para os soviéticos. Além de ser recruta, Sax também serviu como mensageiro.

De acordo com registros históricos, Hall, com a ajuda de seu ex-colega de quarto, entregou, aos russos, segredos projetos que eram produzidos em Los Alamos. Em um comunicado, publicado no New York Times, em 1997, Hall disse que estava preocupado com os perigos de um monopólio americano de armas atômicas, caso houvesse uma depressão pós-guerra. O comunicado foi publicado dois anos antes de Hall morrer de câncer.

A espionagem soviética

De acordo com o historiador, John Earl Haynes, os soviéticos não careciam de recrutas para espionagem. Ainda segundo Haynes, a maioria era americana. “Alguns eram ideologicamente motivados por crenças comunistas”, explica o historiador. Em contrapartida, outros queriam impedir uma guerra nuclear. Além disso, muitos também queriam garantir que nenhuma nação tivesse tal monopólio.

Por muitos anos, a espionagem soviética era desconhecida. Os Estados Unidos começou a desconfiar apenas em 1946. Em suma, os serviços especiais americanos conseguiram decifrar os códigos secretos soviéticos usados por seus agentes estrangeiros, por meio de um projeto, batizado de “Venona”.

Os deciframentos de Venona levaram à revelação de diversos espiões de segredos atômicos. Dentre eles, o renomado o físico Klaus Fuchs. Klaus nasceu na Alemanha, mas trabalhava na Grã-Bretanha. Colega e amigo de muitos cientistas norte americanos, que trabalhavam no Projeto Manhattan, Fuchs transferia o desenvolvimento das pesquisas para Moscou. Isto auxiliou os soviéticos a quebrarem o monopólio nuclear dos EUA, em 1949, quatro anos após os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki, no Japão.

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