Ciência e Tecnologia

Reconstituição do rosto de Dom Pedro I mostra uma aparência diferente do que imaginávamos

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O designer Cícero Moraes foi convidado pela Casa Imperial do Brasil a realizar uma reconstituição da face de Dom Pedro I baseado em uma fotografia tirada em 2012 de seu crânio. O professor da Universidade Estadual Vale do Aracaú, no Ceará, José Luís Lira, detém os direitos sobre a imagem.

As imagens foram analisadas pelo perito legista Marcos Paulo Salles Machado do Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro. Sem ao menos saber de quem se tratava, ele avaliou o artefato como sendo de um adulto jovem. Dom Pedro I teria morrido pouco antes de completar 36 anos, em 1834.

A reconstrução

“O crânio dele tem uma deformação nos ossos nasais que sugere uma lesão, fruto de ação contundente da esquerda para a direita. Ele pode ter batido com o nariz e sofrido uma pequena fratura nessa região”, disse Marcos.

Mas, segundo Paulo Rezzutti, autor de uma biografia do imperador, não há registros que comprovem que o monarca tenha tido algum tipo de fratura em seu rosto.

“Ele teve uma queda feia em 1824. E, alguns anos depois, teve um acidente ainda mais grave de carruagem no Rio de Janeiro”, pontua o autor da obra ‘D. Pedro: A História Não Contada – O Homem Revelado por Cartas e Documentos Inéditos’, lançado em 2015.

Lira tinha o desejo de dar início a reconstrução da face de Dom Pedro I por admirar sua biografia.”É uma alegria poder fazer com que todos os brasileiros conheçam a verdadeira face do homem que proclamou a Independência do Brasil e foi nosso primeiro imperador”, afirmou Lira.

Como o Cícero só contava com uma fotografia para se basear na reconstrução da face do imperador, o método utilizado teria sido um pouco diferente. ”A superfície que sustenta o crânio é reflexiva, então é como se tivéssemos duas imagens.

Assim podemos fazer triangulações tridimensionais e obter pontos importantes do crânio. O que fiz foi utilizar um doador virtual, ou seja, um crânio tridimensional de outro indivíduo, e adaptar a estrutura do doador ao crânio de Dom Pedro I.” explica ele.

Os pesquisadores acreditam que a face realista do primeiro imperador do Brasil possa fomentar ainda mais com a noção popular de que Dom Pedro I era um homem muito próximo do povo.

“D. Pedro foi tão escrachado em tudo o que fez que não tem como deixar ao menos de gostar de sua autenticidade. Ele foi criado nas ruas do Rio de Janeiro, gostava de música e de farra. O problema é que ele foi mulherengo a vida toda e isso deixou marcas profundas na forma como as pessoas passaram a vê-lo”, afirma Rezzutti.

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