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Relembre quando Silvio Santos quis ser presidente do Brasil

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Em 1989, as coisas eram muito diferentes do que são hoje. Não tínhamos os celulares de hoje em dia, precisávamos relevar as fotos e ainda escrevíamos cartas. Além disso, esse ano também ficou marcado por ser o ano que Silvio Santos quis ser presidente do Brasil.

Há 31 anos atrás, o apresentador de TV, empresário e dono do canal SBT concorria nas eleições com Fernando Collor de Mello (PRN) e Luís Inácio Lula da Silva (PT). De fato, os anos 1980 eram muito diferentes do que vivemos nos dias de hoje.

Silvio Santos para presidência, você votaria?

Antes de se candidatar, Silvio Santos, dono da rede televisiva SBT, fez o que todo político uma vez prometeu, não se candidatar. “Se o Silvio Santos um dia for candidato a qualquer cargo eletivo, e se o Silvio Santos apontar qualquer um candidato às eleições, não votem no Silvio Santos e nem em quem ele apontar, porque o Silvio Santos vai estar tapeando vocês. Não quero ser político e não vou apontar ninguém pra presidente da República”, disse Silvio Santos. Depois disso, o apresentar se candidatou à Presidência do Brasil, um ano depois.

Um ano depois da declaração, o Homem do Baú mudou de opinião sobre sua declaração. Contudo, ainda existiam muitas dúvidas e teorias sobre a candidatura do apresentador. De fato, ele recebeu diversos convites para se filiar aos partidos políticos. Para se ter uma ideia, antes mesmo de se candidatar, os levantamentos o colocavam com 34% das intenções de voto. No entanto, a fragilidade do registro eleitoral de Silvio Santos deu bons motivos para sua candidatura ser contestada. E claro, a Justiça Eleitoral foi acionada para resolver a questão.

Naquele ano, a candidatura de Silvio Santos foi lançada faltando apenas duas semanas para o primeiro turno das eleições. Com isso, o grupo de congressistas precisou se mobilizar rápido, para que tudo estivesse nos conformes. Entretanto, eles não conseguiram. “Quando apareceu essa candidatura, eu disse aos colegas do TSE: senhores, não merecíamos isso”, lembra o ex-presidente do tribunal, Francisco Rezek. “Era um problema gravíssimo: chegar à véspera do primeiro turno, sem saber se tem ou não tem um candidato”.

“Vem pra cá, vem pra cá”, diga adeus à corrida presidencial

Na época, a ideia de lançar o candidato às pressas havia animado um trio de senadores do PFL (atual DEM). Em uma situação complicada, eles não estavam satisfeitos com a posição do atual candidato, Aureliano Chaves. No entanto, Silvio Santos parecia ser a escolha perfeita. Depois disso, Aureliano voltou atrás e a “roda girou” para o ainda pequeno PMB, que havia lançado Armando Corrêa, como candidato. E agora, lançariam Silvio Santos. “Eu acho que tenho condições de ganhar. Vai depender do povo. Tenho muita sinceridade, tenho sensatez. Temos de nos assessorar com pessoas de bem. Eu vou me assessorar com bons ministros. Tenho muitas condições de fazer um bom governo“, afirmou Silvio Santos.

Tudo foi tão corrido, que não haveria nem tempo para imprimir o nome de Silvio, nas cédulas de votação. Em seu horário eleitoral, o dono do SBT gastou parte de seu tempo, ensinando o eleitor a votar. “Para votar no Silvio Santos, devem marcar no meio da cédula Corrêa”, afirmou o candidato. Além disso, ele estava sendo identificado pelo número 26, do PMB. No entanto, tudo podia ser barrado, porque o apresentador não havia se desligado da rede de televisão.

No dia 9 de novembro de 1989, o TSE caçou, por unanimidade, o registro do PMB e a candidatura de Silvio Santos. Dessa forma, uma vez que o partido não existia, Silvio não poderia se candidatar. Com isso, a empreitada política e megalomaníaca do apresentador chegou ao fim, deixando o resultado da eleição favorável para Collor.

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