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Ressonância magnética mostra que o cérebro pode perceber amigos de formas diferentes quando estamos solitários

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cérebro é, sem dúvidas, um dos órgãos mais importantes, complexos e incríveis do corpo humano. Ele é o responsável por tudo que fazemos. Pela forma com que percebemos o que está em nossa volta, por guardar informações, por desenvolver sentimentos. Enfim, são inúmeras suas funções. É tão verdade que, se alguma coisa estiver errada, por menor que seja, podemos ter grandes problemas.

E conforme o mostrado por novas pesquisas, os sentimentos de solidão estão ligados a diferenças fundamentais na forma como os cérebros são conectados. Isso afeta a nossa perspectiva sobre amigos, conhecidos e pessoas que nunca conhecemos.

O estudo ainda é pequeno, até porque a grande parte do mundo todo está isolada em casa. Mas ele trás uma visão oportuna dos impactos de se sentir sozinho. Com uma análise detalhada das varreduras de ressonância magnética, os pesquisadores conseguiram mostrar que quanto mais solitário uma pessoa é a probabilidade dela sentir que amigos e conhecidos estão distantes é maior. E essa conexões sociais tendem a se juntar em uma até o cérebro.

É sabido que as conexões sociais são boas para a saúde das pessoas. Mas nem mesmo os cientistas entendem, por completo, como essas conexões mapeiam o  cérebro. E as novas descobertas podem ajudar a preencher algumas dessas lacunas do conhecimento. E quem sabe até mostrar maneiras de gerenciar melhor os sentimentos de solidão e isolamento.

“O cérebro social aparentemente mantém informações sobre amplas categorias sociais, bem como a proximidade consigo mesmo. Além disso, esses resultados apontam para a possibilidade de que sentimentos de desconexão social crônica possam ser espelhados por uma auto-representação neural ‘mais solitária'”, explicam os pesquisadores em seu artigo.

O foco do estudo foi no córtex pré-frontal medial do cérebro (MPFC). É nele que nossas mentes guardam o mapa dos nossos círculos sociais com base na proximidade. E as pessoas que se sentem mais solitárias tem uma tendência de sentir uma lacuna entre elas e os outros. Isso se reflete na atividade do MPFC.

Estudo

Os participantes que foram testados foram instruídos a se concentraram em 16 pessoas diferentes. Neles mesmos, cinco amigos íntimos ou familiares, cinco conhecidos e cinco celebridades. Eles também disseram seus próprios sentimentos de solidão e o quão próximos se sentiam de cada pessoa. Enquanto faziam isso seus cérebros estavam sendo monitorados.

Quando os participantes estavam pensando em pessoas próximas as varreduras do MPFC mostraram que a atividade cerebral deles era parecida com a quando eles pensavam em si mesmos. E essa proximidade social parece ser vista na atividade cerebral.

Mas a semelhança ficava menos evidente nos participantes que se descreviam como mais solitários. E a diferença nos padrões de pensar em si e nos outros era maior. Além disso, os padrões para as pessoas próximas ficaram mais parecidos com os conhecidos e celebridades.

O estudo não mostra exatamente como essa brecha no pensamento do cérebro acontece. E uma das áreas futuras que o estudo quer analisar é se isso é causado por sentimentos de solidão ou a solidão acontece como resultado disso.

Observações

O estudo dá alguns detalhes que são bastante necessários sobre como as conexões sociais são mapeadas para a atividade cerebral. Ele também enfatiza a importância do que os pesquisadores chamam de “laços mais fracos”. Que é a forma como amigos de amigos, conhecidos e até aqueles que não conhecemos tão bem contribuem para nossa sensação de bem estar.

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