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Saiba em quais filmes a Disney precisou colocar avisos de linguagem preconceituosa

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A Disney não perdeu tempo, e entrou na onda de streaming. Ainda que o serviço da Disney não tenha chegado ao Brasil, ele já está dando o que falar. O Disney+ fez sua estreia no dia 12 de novembro deste ano nos Estados Unidos e conta, em seu catálogo, com nomes como Pixar, Marvel e Star Wars. Em seu lançamento, o serviço contou com mais de 500 filmes e 7,5 mil episódios de séries. As novas séries do MCU (Universo Cinematográfico Marvel) e Os Simpsons podem chamar atenção, mas são seus filmes mais antigos os que estão atraindo olhares.

O Disney+ conta com um grande acervo de filmes clássicos do estúdio. E essas animações memoráveis fizeram a fama do estúdio. No entanto, muitos desses filmes apresentam conteúdo preconceituoso. E para não mexer no conteúdo original, a empresa preferiu adicionar um aviso, para os assinantes da plataforma.

Por isso, vamos listar aqui, alguns dos filmes que receberam o aviso de “Este programa é apresentado como originalmente criado. Ele pode conter representações culturais desatualizadas”.

1 – Aladdin

Esse filme pode ser tido como uma boa lembrança, por muitos de nós. Acontece que as representações do povo árabe do filme apresentam uma série de estereótipos ofensivos. No filme, os homens árabes são sujos, bárbaros e possuem narizes enormes. E do outro lado, as mulheres não possuem voz na narrativa e são sempre sexualizadas. Este último item pode ser encontrado na sexualização da dança do ventre, por exemplo.

2 – Dumbo

Na versão original do filme, Dumbo e o rato Timóteo ficam bêbados sem querer. Com isso, a embriaguez dos personagens gera uma série de alucinações. Nesse momento da animação, bolhas se transformam em elefantes rosa, que dançam em um fundo infinito. E ao mesmo tempo, tocam as próprias trombas como um instrumento de sopro.

Um outro fato é que, na refilmagem em live-action de 2019, essa cena não existe. E por mais que mostre como, de fato, nascem os bebês, não há incitação ao uso de drogas. Em uma outra cena, negros cantam uma música, na qual se dizem analfabetos e realizam longas jornadas de trabalho braçal.

Além disso, no filme da década de 1940, os corvos são apontados como caricaturas racistas de pessoas negras. Dentro da história, há um personagem chamado “Jim Crow (corvo em inglês). Esse personagem possui sotaque e anda como uma paródia racista de um sotaque negro americano.

3 – Mogli: O Menino Lobo

No filme, os macacos da história são, na verdade, uma representação dos povos africanos. Isso acontece porque todos os personagens possuem sotaque britânico, menos, é claro, os chimpanzés que cuidam de Mogli. Em suma, os que são tolos e criminosos.

Além disso, na história, esses personagens buscam por todo o tempo, serem “pessoas” de verdade. O que pode ser notado nas falas e nas músicas cantadas pelo Rei Louie.

Também há diversas incitações de que as pessoas negras devem viver com “pessoas do mesmo tipo”. Uma menção à própria segregação ocorrida nos Estados Unidos.

4 – Peter Pan

No filme, Peter Pan e seus amigos precisam lidar com piratas sangrentos e índios de cara pintada. Acontece que essa é uma representação totalmente equivocada dos povos indígenas norte americanos.

Em uma das músicas dos filmes, o chefe da tribo conta como eles se tornaram “vermelhos” e não, brancos, como os protagonistas.

Esses índios são apresentados como povos misóginos e sem conhecimentos modernos. Além de estarem, durante todo o tempo, fumando um “cachimbo da paz”.

5 – A Dama e o Vagabundo

No filme, há um grupo de gatos siameses. Esses gatos apresentam uma voz muito fina e que são, na verdade, paródias ofensivas dos sotaques vindos do leste asiático. Essas imitações também podem ser encontradas no filme Aristogatas, de 1970.

6 – Mickey

Por mais que o Mickey seja um personagem querido, ele não escapou da lista. Mesmo sendo a cara da empresa, seus primeiros filmes apresentam um conteúdo extremamente racista.

Em Cannibal Alcaparras (1930), uma tribo canibal dança em volta de crânios e ossos. Além disso, mesmo que sem querer, eles cozinham uns aos outros. No filme Trader Mikey (1932), um grupo de canibais captura Mickey e Pluto e começam a cozinhá-los. E somente após tocar músicas, os protagonistas barganham por suas vidas.

Em todos os desenhos, os nativos africanos não são retratados como pessoas. E sim, como animais sem consciência. Que buscam, todo o tempo, apenas se alimentar, mesmo que de outros da sua espécie.

7 – A Canção do Sul

Esse filme se apresenta como um caso à parte, no qual, havia algo que era ofensivo demais para ser exibido. Isso, mesmo que houvesse o alerta. O que não é uma novidade, para quem acompanha a trajetória do filme.

O musical conta a história de um ex-escravo, Tio Remus, que narra diversos contos africanos, nunca contados antes. Ambientado no sul dos Estados Unidos, o filme é criticado por ter um protagonista totalmente estereotipado e recorrente no cinema americano. Definido como o “magical negro”, seus poderes místicos são usados para ajudar a jornada do personagem branco da história.

Essa decisão de incluir a mensagem foi recebida com muitos elogios. E pode ser vista como uma espécie de “prestação de contas” e tentam minimizar o problema. Por mais que se tenha reações conflitantes, esse é apenas um começo para as representações problemáticas.

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