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Saiba o que foi a Revolta de Stonewall, movimento que deu origem à luta por direitos dos LGBTs

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O mundo segue em uma crescente de buscas por direitos iguais e isso é bom. Negros, mulheres, LGBTs e demais minorias lutam constantemente para conseguirem o seu espaço legal e na mesma proporção dos demais. Falar sobre essa resistência e dedicação sem se lembrar da Revolta de Stonewall, ou Rebelião de Stonewall, é algo impossível. Para quem não sabe, essa foi uma série de manifestações violentas e espontâneas de membros do meio LGBT em Nova York. O caso aconteceu motivado por uma invasão da polícia da cidade no bar Stonewall Inn. O confronto aconteceu nas primeiras horas da manhã, do dia 28 de junho de 1969.

Essa revolta, que está prestes a completar meio século, tornou-se o marco mais representativo das lutas pelos direitos LGBTs. Naquele ano, os frequentadores do local decidiram se rebelar contra a opressão policial que, frequentemente, assolava o público da casa. Naquela época, não ser heterossexual nos Estados Unidos era um crime terrível. As pessoas, que fugissem dos padrões impostos, poderiam ser presas e até mesmo torturadas.

Bar Stonewall Inn

Drags Queens da época aboliram o uso de saltos altos para poder correr da polícia quando necessário. Por causa dessa “conduta indecente”, a State Liquor Authority também proibia a venda de álcool para os bares considerados gays. A máfia italiana viu nisso uma oportunidade. Em 1966, Tony Lauria, mais conhecido como Fat Tony, comprou um restaurante no bairro de Greeneich Village. Ele usou o local para fazer o Stonewall Inn. Esse poderoso chefão pagava até 1200 dólares mensalmente para evitar a fiscalização e vendia as bebidas por um preço alto.

O bar era considerado o paraíso para muitas pessoas. “Era um lugar seguro para nós”, disse Mark Segal, frequentador da época. “Quando as pessoas entravam no Stonewall, elas podiam andar de mãos dadas, se beijar e, o mais importante, era possível dançar”, completou. Viver nos guetos era uma forma de proteção. Isso, até o dia 28 de junho de 1969. Os policiais surgiram, nessa data específica, em um horário de maior movimento. Eles desrespeitaram o acordo com os mafiosos donos do local.

De acordo com frequentadores, a polícia entrou ameaçando prender os empregados e prendendo diversos clientes por causa de suas roupas. O público reagiu de forma violenta, fazendo provocações e atirando vários objetos contra a polícia. “A dor, a raiva, a frustração, a humilhação, a constante insistência, a constante agitação que causaram em nossas vidas: agora era a hora de se livrar disso tudo”, disse Martin Boyce, um frequentador. “Não precisava machucar um policial, não precisava machucar ninguém, só precisava gritar”. Nenhuma morte foi registrada, mas não foram divulgados os números de feridos.

Parada do Orgulho LGBT em São Paulo, 2019

Em 1970, dez mil pessoas se reuniram para comemorar um ano da revolta. Isso foi o início do que conhecemos hoje como Paradas LGBT+. Essas acontecem em diversas cidades do mundo, inclusive em São Paulo, onde acontece a maior. Em 2019, o evento reuniu um público de 3 milhões de pessoas. “As paradas do orgulho LGBT, que nós temos no Brasil hoje, me parecem que são a grande expressão daquilo que Stonewall pretendia do ponto de vista de liberação homossexual”, disse João Silvério Trevisan, um escritor. “As paradas LGBT sãouma  grande demonstração de amor”, completou.

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