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Saiba tudo sobre a ”doença do pombo” que causou uma morte em São Paulo

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Você já ouviu falar sobre a criptococose, ou como é mais conhecida a “doença do pombo”? É bem provável que não, já que essa é uma doença pouco conhecida e pouco divulgada. Ela apareceu recentemente nos noticiários devido a uma morte relacionada à doença. No mês passado, José Wilson de Souza deu entrada na Santa Casa dos Santos, com um quadro de neurocriptococose, que é que quando a doença evolui e afeta a região do cérebro. No caso do paciente, a doença progrediu até se transformar em uma infecção generalizada, que acabou culminando na sua morte.

Além de ser pouco falada, a criptococose é também uma doença de notificação compulsória. Ou seja, não há exigência de relatar casos à vigilância sanitária. Sendo assim, não existe dados precisos sobre a doença. Como por exemplo, o quanto ela afeta a população ou o número de mortes provocadas por ela. Mas ainda assim, é bom estar ciente do que é a doença, como ela é transmitida, e o seu tratamento.

Doença do pombo

Segundo o Ministério da Saúde, a criptococose é uma doença classificada como micose sistêmica. Ela aparece a partir da inalação de fungos do gênero Cryptococcus, que pode ser fatal em alguns casos. Podendo ser encontrado também em outros lugares, esse fungo é mais encontrado nas fezes de pombos. O que facilita, e muito, o contágio, já que esses animais são muito comuns em todos os lugares.

Por outro lado, diferente do que a maioria das pessoas imagina quando se fala em “doença do pombo”, só encostar na ave não pode transmitir a doença. Em suma, o contágio é bem diferente.

A contaminação por esse fungo acontece pelo ar. Quando as fezes secam, elas transmitem os fungos causadores da doença no ar. Assim, eles podem ser inalados e se instalar no pulmão. Mas a sua manifestação no organismo está diretamente relacionada à imunidade baixa.

Uma vez que os fungos se alojam nos pulmões, os esporos podem se espalhar para a corrente sanguínea. E assim, causar uma infecção generalizada. De acordo com informações do Ministério da Saúde, os primeiros sintomas da doença vão depender do quão fragilizado está o sistema imunológico do paciente. Mas, no geral, os pacientes chegam ao hospital apresentando sintomas de criptococose por um período de três semanas a três meses.

O problema fica grave quando o quadro evolui e se espalha pelo organismo. Nesse estágio, a doença ataca a membrana que reveste o cérebro. Exatamente como aconteceu com um paciente que morreu em São Paulo. Nesse estágio da doença, o paciente apresenta sintomas como febre, fadiga, dor de cabeça, rigidez na nuca, náuseas, vômito, confusão mental e alteração da visão.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da criptococose só é feito a partir de exames laboratoriais. Esses que irão identificar a presença dos fungos em material colhido do paciente, podendo ser pelo sangue, urina ou pus. Caso confirmada a doença, o paciente pode ser submetido a exames mais detalhados como tomografia, ressonância magnética ou radiografia para identificar possíveis danos aos pulmões.

No entanto, como a doença pode se manifestar de maneiras diferentes e ser causada por diferentes variações do fungo, o tratamento só é definido, com base no quadro de cada paciente. Não é como se fosse uma doença universal, que afeta a todos da mesma forma e usa de um mesmo tratamento. Mas, no geral, em casos de criptococose, o tratamento envolve medicação antifúngica e outros medicamentos para tratar infecções decorrentes da doença.

E você, conhecia a tal doença do pombo? Conta para a gente nos comentários e compartilhe com os seus amigos.

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