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Segundo a ciência, qual é melhor: ler no papel ou em formato digital?

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Para responder essa questão, foram analisadas as respostas de mais de 171 mil pessoas. Mas, afinal, qual é melhor, no papel ou em formato digital? De forma resumia, ler em papel é mais eficaz do que ler em formato digital, principalmente quando se leva em conta o tempo em frente a tela ou ao papel. No entanto, isso vale para um contexto de sala de aula. No caso de livros de ficção, a diferença quase não é notada.

Mesmo no caso dos mais jovens, a superioridade do papel ainda permanece. Dessa forma, a regra também vale para quem já está acostumado a usar a tela de aparelhos digitais. Por isso, é preciso repensar muito de como o conhecimento chega em estudantes e, especialmente, nas crianças.

É possível compreender mais quando se lê no papel

Enquanto de um lado, muita gente prefere ler no papel e não sabe o motivo, por outro, há quem defenda o formato digital. Afinal, é possível carregar toda uma biblioteca no bolso. Mas, além disso, também há recursos de pesquisa, marcar páginas e de anotações. Contudo, um estudo da Universidade de Valência, na Espanha, veio para explicar o motivo da superioridade de ler no bom e velho papel. Em suma, isso acontece porque a compressão do que é lido no papel é maior.

No caso de crianças, essa diferença na tela e no papel é ainda mais evidenciada. “Não é porque as crianças e jovens estão mais habituadas a telas digitais que a compreensão é maior – é precisamente o contrário”, afirma Ladislao Salmerón, um dos autores do estudo. De acordo com Salmerón, isso acontece, entre outros fatores, “associação destes dispositivos a interações curtas e recompensas imediatas”.

Estar em contato com tela, ao invés de ajudar, faz com que se seja mais difícil para crianças e jovens se concentrarem na leitura. Assim, se torna mais difícil “desligar” do mundo e compreender o texto. “Precisamos de estar calmos, concentrados. É altamente incompatível com o uso atual que fazemos da tecnologia“, afirma.

Não podemos abandonar os livros impressos

No estudo, foram analisadas as respostas de mais de 171 mil participantes. Sendo assim, foi analisado “uma amostra generalizada e com grande variedade de idades, das crianças aos idosos“, afirma Salmerón. Desse modo, cada participante recebeu um texto e o leu de forma individual. Tudo em silêncio e recomendado para que o participante lesse como se ele estivesse lendo no dia-a-dia. Assim, os textos eram simples e lineares, para que links e outras informações não se sobressaíssem ao conteúdo principal.

No que diz respeito ao equipamento usado, foi somente analisado artigos lidos em papel ou em tablets. Por isso, os pesquisadores perceberam um possível “efeito negativo associado ao uso de tablets“, afirma Salmerón. Ainda segundo Salmerón, ele afirma que prefere ler no papel, mas por questões profissionais ele acaba lendo mais em telas digitais.

Por fim, o que podemos levar para além dos resultados encontrados, está sendo lembrado no próprio título do estudo: “Não se livrem dos livros impressos“. Portanto, “quanto mais as pessoas utilizarem os meios digitais para estas interações superficiais, mais difícil será usá-los para tarefas desafiantes”, afirma o pesquisador.

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