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Segundo cientistas, água-viva deve virar o próximo fruto do mar mais popular

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A nossa alimentação precisa ser balanceada. Precisamos ingerir, com frequência, uma certa quantidade de proteínas, ferro, vitaminas, minerais e várias outras coisas. A falta de algum desses pode nos causar problemas de saúde extremamente sérios. Por outro lado, o exagero também pode resultar em sérios danos ao nosso corpo.

O segredo não está em apenas comer frutas e legumes. Mas sim, em fazer uma dieta equilibrada, com todos os alimentos em quantidades certas. Isso porque o nosso corpo precisa de um pouco de cada alimento para que tenhamos uma vida saudável.

Mas segundo a Lista Vermelha da IUCN, 32 mil espécies estão ameaçadas de extinção, indo desde pássaros e mamíferos até corais de recife e crustáceos. E essas são somente as espécies que conhecemos.

E mesmo que várias coisas estejam sendo feitas para ajudar algumas  espécies a voltar do seu limite, existe também a possibilidade de o ser humano estar comendo algumas espécies ameaçadas sem nem ao menos perceber.

Os pesquisadores analisaram os registros de pesca industrial e identificaram quase 100 espécies ameaçadas de extinção sendo vendidas como frutos do mar. O pior de tudo é que isso é feito legalmente.

“Espécies que não são fofas como as baleias ou tartarugas marinhas muitas vezes não recebem a proteção que merecem. Apesar dos compromissos nacionais e internacionais para proteger as espécies ameaçadas, pescamos ativamente muitas dessas espécies ameaçadas”, disse o biólogo da Universidade de Queensland (UQ) e primeiro autor do novo artigo, Leslie Roberson.

Água-viva

Com isso, os pesquisadores descobriram uma forma não convencional de as pessoas ajudarem enquanto apreciam frutos do mar. E isso envolve comer água-viva.

Entre 2006 e 2014, a equipe encontrou registros de 92 espécies vulneráveis ou ameaçadas de extinção de peixes capturados, registrados e vendidos. Desses, 13 internacionalmente.

Na venda, esses peixes e espécies de invertebrados não precisam ser rotulados de acordo com as espécies. Por isso os consumidores não tem como saber o que estão comendo.

A equipe diz que isso é apenas uma parte do problema real. Até porque eles olharam somente uma seção específica dos registros e excluíram grupos de peixes como por exemplo, tubarões ou raias.

“Nós olhamos apenas as capturas e importações relatadas, nem mesmo investigando a pesca ilegal e não declarada, e encontramos 92 espécies que são capturadas ou comercializadas apesar de serem listadas como globalmente ameaçadas de extinção”, disse a cientista conservacionista Carissa Klein da UQ.

“Muitos dos registros de captura e importação de frutos do mar estão listados em grupos como ‘peixes marinhos’. Aqui não olhamos para esses registros vagos, apenas olhamos os registros onde a espécie real estava listada. Então fizemos uma grande subestimação à captura real de espécies ameaçadas de extinção”, continuou.

A indústria de frutos do mar é uma confusão. Mas existem algumas formas de desfazer essa bagunça que o próprio ser humano está fazendo  nos oceanos do mundo todo. Isso inclui a expansão da ideia de frutos do mar para incluir águas-vivas.

Consumo

Isso pode ser um pouco fora do comum, mas não é a primeira vez que os cientistas sugerem ela como fonte de alimento. E como a água-viva é uma minoria de animais que os cientistas acham que pode estar aumentando ao redor do mundo isso faz muito sentido.

“Na verdade, é apenas uma coisa leve e mastigável, sem muito sabor. Na verdade, é muito bom com um molho gostoso! Muitos dos nossos gostos de frutos do mar são impulsionados em grande parte pela cultura e tradição. O exemplo óbvio é a sopa de barbatana de tubarão. As barbatanas de tubarão são basicamente sem gosto, e é tudo sobre o tempero e o molho, e o status que o torna uma iguaria em China”, explicou Roberson.

Mas além do comer águas-vivas existem outras formar de ajudar a manter espécies ameaçadas de extinção fora do cardápio das pessoas.

“Precisamos melhorar a rotulagem dos frutos do mar para estarmos mais conscientes do que estamos comendo. E se os frutos do mar não estiverem rotulados, o consumidor deve perguntar de que espécie é, onde foi capturado e como foi capturado. Então eles têm todas as informações para fazer uma escolha informada”, disse Klein.

“Se pudermos coordenar melhor as políticas de pesca e conservação, podemos evitar que isso aconteça”, concluiu.

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