Ciência e Tecnologia

Segundo estudo, prevenir uma pandemia é 500 vezes mais barato que combatê-la

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Recentemente, um estudo, publicado na ‘Science’, previu uma série de relações entre a devastação das florestas tropicais e o surgimento de novas pandemias, como acontece com a atual pandemia causada pela Covid-19. Assim, na conclusão do artigo, os pesquisadores afirmam que prevenir uma pandemia é 500 vezes mais barato que combatê-la.

Para os 18 pesquisadores de diferentes instituições norte-americanas envolvidos no projeto, levando em consideração a preservação do meio ambiente e o surgimento de possíveis doenças pandêmicas, a economia de recursos públicos seria absurdamente grande. Entre outros fatores, suspeitamos que, por meio do desmatamento, acabamos tendo mais contato com doenças perigosas. Pensando na doença causada pelo Sars-CoV-2, por exemplo, os pesquisadores acreditam que o vírus tenha surgido por meio um outro tipo de coronavírus conhecido por atingir morcegos.

A atual pandemia pode estar relacionada ao desmatamento

Para os pesquisadores, a exploração do meio ambiente aumenta a chance de entrarmos em contato com lugares e espécies que permaneceriam intocados. Nesse sentido, esse contato maior levaria a mais riscos de um vírus prejudicial atingir humanos. Ainda no estudo, são citadas as florestas tropicais, que vem sido desmatadas em proporções nunca antes vistas. De acordo com os especialistas, é necessário expandir o monitoramento de tais regiões. Além de também acentuar o monitoramento de programas de proteção e controle do comércio de animais silvestres. Antes mesmo da atual pandemia, muitas da China, por exemplo, tais leis de monitoramento já eram bastante restritivas. Contudo, nem sempre esse tipo de legislação é cumprida.

Culturalmente, consumir espécies selvagens em nessas regiões significa status. Por isso, o contrabando de animais selvagens ilegais se tornou uma prática bastante lucrativa.  “Os riscos são maiores do que nunca”, afirma o estudo. “A demanda global por animais selvagens faz com que as pessoas entrem nas florestas para coletar animais selvagens para venda em mercados em áreas urbanas e rurais. Nas cidades, onde as pessoas têm diversas opções de proteína, mas a carne de caça é um luxo comprado para mostrar status”, continua. Assim, a “Covid-19 é o enorme preço que a sociedade paga por tais encontros com espécies selvagens”, completa.

É necessário mudar de atitude antes da próxima pandemia

Segundo Les Kaufman, precisamos pensar longo prazo. Ou seja, ainda que estejamos no meio de uma pandemia, também precisamos pensar no futuro. “A pandemia incentiva a fazer algo que atenda a preocupações imediatas e ameaçadoras para os indivíduos”, afirma Kaufman. Logo, “é isso que move as pessoas”, completa. “Nada parece mais prudente do que nos dar mais tempo para lidar com esta pandemia antes que a próxima aconteça”, completa.

Fazendo algumas contas, o estudo nos mostra que, preservar florestas tropicais, de maneira global, custaria entre US$ 22,2 e 30,7 bilhões a cada ano. Ou seja, realizando um rápido comparativo, a quantia é 500 vezes do que a pandemia de Covid-19 irá custar à economia do mundo. Segundo estimativas, o número varia entre US$ 8,1 e US$ 15,8 trilhões. Para Andrew Dobson, professor de ecologia e biologia evolutiva da Universidade de Princeton, agir é difícil. “Todos têm interesse em impedir que isto volte a acontecer”, afirma o coautor do estudo. Entretanto, apenas o interesse não é o suficiente. Nesse sentido, é preciso tomar atitudes que previnam maiores problemas.

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