Ciência e Tecnologia

Stormquakes, o estranho fenômeno natural híbrido entre furacões e terremotos

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Cientistas relataram a existência de um híbrido entre dois fenômenos naturais desastrosos, furacões e terremotos, e os chamaram de stormquakes. Sendo este um termo em inglês que une as palavras storm (tempestade) e earthquake (terremoto). Pesquisadores perceberam que fortes tempestades estavam causando eventos sísmicos, no fundo do mar.

De acordo com um estudo publicado na revista Geophysical Research Letters, alguns deles eram tão fortes quando um terremoto de magnitude 3,5. Além do mais, estes eventos podem levar dias para cessarem. Os terremotos são bastante comuns, porém, não haviam sido percebidos antes por terem sido considerados um ruído sísmico de fundo.

“Estamos chamando-os de ‘stormquakes'”, disse Wenyuan Fan, sismologista da Universidade Estadual da Flórida, e principal autor do estudo. “Durante uma temporada de tempestades e furacões toda a energia é transferida para o oceano na forma de fortes ondas oceânicas, e as ondas interagem com a terra sólida, produzindo intensa atividade de fonte sísmica”, disse ele, em comunicado.

Entretanto, Fan diz que um stormquake é mais uma “esquisitice” do que algo que pode, de fato, machucar ou causar danos às pessoas. Afinal, qual é a probabilidade de uma pessoa estar no fundo do mar, durante um furacão? “É a última coisa com que você precisa se preocupar”, disse Fan à Associated Press.

Fan e outros pesquisadores estudaram registros sísmicos e oceanográficos de 2006 a 2019. Eles encontraram uma conexão entre fortes tempestades e intensa atividade sísmica. As tempestades provocam ondas gigantes no mar, causando um outro tipo de onda. Assim, tais ondas secundárias interagem com o fundo do mar. Porém, isso só acontece em locais próximos a grandes plataformas continentais e terrenos planos e rasos.

Stormquakes

O cientista e sua equipe identificaram 14,077 stormquakes, entre setembro de 2006 e fevereiro de 2015. Eles ocorreram em lugares como o Golfo do México, na Flórida, em Nova Inglaterra, Nova Escócia, Terra Nova e Labrador e na Colúmbia Britânica. Um tipo especial de sensor foi utilizado por eles para sua detecção.

Os furacões Ike, em 2008, e o furacão Irene, em 2011, provocaram muitos stormquakes, de acordo com o que foi relatado no estudo. Os tremores dos stormquakes criam ondas que os sismólogos não costumam monitorar. Por essa razão, eles foram deixados de lado por tanto tempo. “Ainda há muito a aprendermos sobre os terremotos”, disse Fan.

“Temos muitas incógnitas. Não estávamos cientes da existência do fenômeno natural. Realmente destaca a riqueza do campo de ondas sísmicas e sugere que estamos alcançando um novo nível de entendimento das ondas sísmicas”, disse ele.

Os instrumentos do Serviço Geológico dos Estados Unidos conseguem captar perfeitamente essas ondas sísmicas geradas pelo oceano. No entanto, “em nossa missão de procurar terremotos, essas ondas são consideradas ruído de fundo”, disse o sismólogo do USGS, Paul Earle.

“O estudo faz todo sentido e é interessante, porque analisa uma frequência de ondas que os cientistas não haviam examinado muito”, explicou Lucia Gualtieri, professora de geofísica da Universidade de Stanford.

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