Teoria de Stranger Things indica um grande desastre para a próxima temporada

Enquanto alguns reclamavam que Stranger Things vinha perdendo sua identidade como série de ficção-científica, se tornando uma dramédia adolescente, sua terceira temporada chegou subvertendo essas opiniões. Além de trazer de volta o Mundo Invertido e o Devorador de Mentes como adversários de Eleven, a produção da Netflix adicionou uma dose de teorias conspiratórias na sequência. Na segunda temporada, todos acreditávamos que Murray Bauman exagerava um pouco em relação às ameaças soviéticas. Todavia, nossas opiniões foram completamente alteradas com a chegada dos russos à Hawkins.

Levando isso em consideração, os irmãos Duffer, criadores da série, revelaram alguns detalhes importantes sobre a continuidade do projeto. De acordo com eles, a quarta temporada será bem diferente, expandindo a série como nunca antes. Quando o último trailer da terceira temporada foi divulgado, especulamos algumas possibilidades. Entre elas, havia a sugestão de que os protagonistas se aventurariam para além de Indiana. Embora a visão de Eleven na praia tenha se mostrado apenas uma memória de Billy na Califórnia, uma viagem não está fora de cogitação.

Isso não é uma surpresa se ponderarmos que, tanto os minutos inciais quanto os finais da sequência mostraram uma base científica russa em Kamchatka. Após sua exposição em Hawkins, nada mais justo do que os soviéticos levarem o conflito para sua terra natal. Vimos que a ameaça vermelha conta com um Demogorgon e um refém americano. Mesmo que a identidade do indivíduo seja desconhecida, muitas teorias sugerem que seja Jim Hopper. Todavia, graças a essas pistas, uma especulação no Reddit pode ter decifrado um mistério da quarta temporada e ele envolve uma grande catástrofe do mundo real.

O desastre da próxima temporada

A teoria indica que a continuação da série será associada ao desastre de Chernobyl, em 1986. Os usuário do Reddit sugeriram isso com base na configuração das temporadas anteriores. A primeira temporada se passou no Inverno de 1983 (Natal). A segunda temporada focou no Outono de 1984 (Halloween). Mais recentemente, a narrativa apresentou o Verão de 1985 (Dia da Independência). Se prosseguirmos linha de raciocínio, o próximo enfoque será na Primavera de 1986, exatamente quando o acidente nuclear aconteceu. Obviamente, isso traz consigo alguns questionamentos. Como eles chegariam até a União Soviética? Se Kamchatka fica na Rússia Oriental e Chernobyl, no lado Ocidental, como eles vão desenvolver isso? Será que utilizar um acidente tão impactante como forma de entretenimento seria bem visto pelo público?

A probabilidade disso acontecer

Bom, em um universo onde uma dimensão alternativa foi apresentada, uma viagem longitudinal deve ser o menor dos problemas. Em relação à localidade do desastre, pode ser que os russos tenham laboratórios em diferentes lugares, já que nem um shopping passou despercebido. Algumas hipóteses sugerem que Eleven viajará entre os continentes utilizando o Mundo Invertido. Porém, considerando que nem poderes ela tem mais, não é algo assertivo. Além disso, levando em consideração a popularidade de Chernobyl, a série da HBO, considerar explorar o tema é plausível, porém passível de críticas. Veja bem, se o docudrama da emissora de Game of Thrones lidou com problemáticas apontadas na adaptação, imagina o que aconteceria com a espetacularização da tragédia.

Mesmo que o show business já tenha usado acidentes reais como recursos narrativos, o assunto não deixa de ser delicado. Mesmo que a ideia de ressignificar ficcionalmente as causas do desastre de Chernobyl pareça aceitável, vale lembrar que é um assunto politicamente carregado e muito sensível. O conceito realmente poderia ser fantasticamente adaptado pra Stranger Things, mas tanto os irmãos Duffer quanto a gigante do streaming buscam respeitar sua audiência internacional. O que deixa essa teoria com um grande ponto de interrogação.