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Thor: Ragnarok quase foi um filme completamente diferente

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Embora haja críticas envolvendo seu lado extremamente voltado para a comédia, Thor: Ragnarok é considerado por muitos o melhor filme do Deus do Trovão, no Universo Cinematográfico Marvel. Ao passo que associamos esse êxito ao diretor Taika Waititi, é preciso levar em consideração que os planos originais da Marvel Studios incluíam nomes, conceitos e profissionais totalmente diferentes. Após o declarado fracasso de Thor: O Mundo Sombrio, em 2013, foi um milagre o filho de Odin voltar para um terceiro filme solo. Porém, quatro anos depois, Ragnarok chegou até as telas e trouxe consigo uma nova perspectiva sobre Thor. O impacto do filme foi tamanho que influenciou diretamente a apresentação do personagem, nas produções seguintes do universo compartilhado. Assim como qualquer filme de grande orçamento, Ragnarok passou por um extenso processo de pré-produção. Isso quer dizer que ele foi repensado diversas vezes, tal qual The Batman do DCEU.

Originalmente, o conceito apresentava uma narrativa mais sombria. Surpreendentemente, em algum momento, chegou a ser dito que aquele seria o roteiro mais sombrio da Marvel. Embora agora a Casa das Ideias esteja numa onda de experimentalismo, na época, a ideia não pareceu das melhores. Por isso que, com o desagrado relacionado ao produto final, Taika Waititi entrou em jogo e reformulou completamente a ideia primordial. Aliás, outro fator adicional para o sucesso do filme, foi a separação entre a Marvel Studios e a Marvel Entertainment. Assim como já comentamos aqui, o antigo CEO da Marvel, Ike Perlmutter não dava muita liberdade criativa para Kevin Feige, o encarregado pelo estúdio. Portanto, esse divórcio favoreceu amplamente as produções da companhia. Além do humor necessário de Waititi, outras alterações foram realizadas no projeto. Em suma, o filme foi completamente reformulado, assim como você pode conferir a seguir.

A conexão de Thor: Ragnarok com o MCU

Antes de vermos o Deus do trovão retornar às telas, a última vez que tivemos notícias dele, foi em Vingadores: Era de Ultron. Aparentemente, o herói buscaria mais informações a respeito das Joias do Infinito e isso seria explorado em Ragnarok. No entanto, Waititi resolveu trabalhar em um filme independente, para reapresentar o personagem. Porém, ainda assim, Ragnarok manteve ligações com seus antecessores, afinal, estamos falando de um universo compartilhado.

Sendo assim, vimos Loki vivo e se passando por Odin em Asgard, como foi visto em Mundo Sombrio. Ademais, nosso querido Hulk, que havia voado em um Quinjet, durante Era de Ultron, teve seu paradeiro revelado. Logo, mesmo que não se conecte diretamente a Vingadores: Guerra Infinita, Ragnarok não deixou de responder algumas perguntas que haviam sido deixadas por ele. Portanto, Waititi conseguiu redefinir tanto Thor quanto o Gigante Esmeralda e vinculá-los aos seguintes filmes dos Vingadores, sem tornar as Joias do Infinito o elemento central.

Até o logotipo era diferente

Como mencionamos acima, Thor: Ragnarok deveria ser um filme sombrio. Portanto, coincidindo com a identidade do roteiro, seu logotipo era mais escuro que a versão final. Não havia nada fora do comum. As letras possuíam um tom vermelho escuro e um estilo semelhante ao dos filmes anteriores do personagem. O logotipo não havia sido liberado até o painel da Marvel, no Hall H da San Diego Comic-Con de 2016.  Portanto, nos deparamos diretamente com a versão do filme de Waititi, que certamente combina mais com a vibe geral do longa. Embora pareça algo simples, a alteração no logotipo já indicava mudanças nos bastidores.

Lady Sif tinha um papel importante

Além de Jane Foster, outra personagem fez falta em Ragarok: Lady Sif. A personagem interpretada por Jamie Alexander nos filmes anteriores, era considerada um elemento muito importante para o terceiro filme do Deus do Trovão. Sendo assim, Alexander estava pronta para reprisar seu papel, porém, conflitos de agenda com Blindspot acabaram impedindo sua participação. Dada sua ausência no filme, Sif ainda está viva no MCU, ao contrário dos Três Guerreiros. No entanto, a falta de Sif foi suprida pela inclusão de Valquíria na narrativa. Ademais, considerando as circunstâncias já citadas, podemos dizer que as portas estão abertas para o retorno da personagem.

Houve uma competição de cineastas para a direção do filme

Agora que o mundo testemunhou a diferença que a perspectiva de Taika Waititi trouxe para o MCU, é difícil imaginar alguém em seu lugar. Pois acredite se quiser, Thor: Ragnarok quase foi parar nas mãos de outro cineasta. Acontece que, em algum momento, Waititi teve de competir com Ruben Fleischer (Zumbilândia), Rob Letterman (As Viagens de Gulliver) e Rawson Marshall Thurber (Com a Bola Toda). Em suma, todos eles possuíam uma pitada de comédia em sua filmografia. Por isso, é interessante ver que, mesmo diante de um conceito sombrio, a Marvel Studios abordou principalmente diretores de comédia. O provável motivo para tal foi o aumento da liberdade criativa associado à necessidade imprescindível de mudança na trilogia do Thor.

O que esse Thor teria significado para o MCU?

Caso a Marvel houvesse insistido no conceito original, Thor não teria se tornado um grande favorito dos fãs e não teríamos descoberto a habilidade cômica de Chris Hemsworth. Logo, isso teria atrapalhado os filmes posteriores, como Guerra Infinita e Ultimato. Ambas as produções contaram com momentos importantes, que exploraram o humor do personagem. Já imaginou o MCU sem o Thor gordinho? Triste, sabemos. Contudo, além do lado humorístico, se a versão sombria de Ragnarok tivesse persistido, ela apresentaria as Joias do Infinito como centro da história, favorecendo os eventos de Guerra Infinita. Considerando que apenas Pantera Negra separava os dois longas, seria algo que também teria contribuído para acrescentar detalhes à história.

No fim, o importante é que deu tudo certo e os fãs do MCU estão mais satisfeitos do que nunca. Aliás, como estão as expectativas para Thor: Love and Thunder? Acha que supera Ragnarok? Compartilhe sua opinião com a gente.

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