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Todos os alunos do Projeto UniFavela são aprovados em universidades

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O projeto UniFavela é uma iniciativa de alunos, professores e voluntários da Favela Nova Holanda, no Complexo da Maré. Juntos, eles oferecem aulas estilo cursinho pré-vestibular para os jovens da comunidade. Principalmente, para aqueles que não têm condições de arcar com um curso ou não têm acesso à educação de qualidade. E hoje, o projeto, que começou usando um quadro apoiado em uma parede de tijolos para ensinar os alunos, vê os frutos dessa iniciativa. Todos os alunos, que frequentavam as aulas oferecidas pelo projeto, foram aprovados em universidades federais do Rio de Janeiro.

Tiago Carlos do Nascimento foi o último dos alunos a conseguir essa vitória. Ele foi aprovado na UFRJ, para cursar Ciências Biológicas, o curso que ele sempre sonhou. Com a sua aprovação, a primeira turma da UniFavela teve 100% de aproveitamento. Isso mesmo. Em síntese, todos os dez alunos, que frequentaram regularmente as aulas oferecidas, foram aprovados em universidades públicas. Em suma, uma recompensa mais do que merecida para todos esses jovens, que enfrentaram várias dificuldades para conseguir estudar.

A aprovação

Tiago ficou sabendo da sua aprovação no começo do mês passado. Quando saiu o resultado da última chamada do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para o segundo semestre desse ano.

Nos reunimos para fazer um balanço e foi aí que nos demos conta de que dos dez alunos, que frequentavam regularmente a laje, todos haviam conseguido vaga na UERJ, na UFRJ ou na UNIRIO”, conta Letícia da Paz Maia, de 21 anos. Ademais, Letícia é uma das professoras voluntárias e também coordenadora do projeto. Ela ensina História na UniFavela.

O projeto, que no primeiro semestre desse ano, ensinava jovens usando um quadro velho, apoiado em tijolos em uma laje de uma casa na favela, prosperou. Do mesmo modo, a iniciativa, que fazia vaquinhas para tirar xérox dos materiais de apoio, viu todo o sacrifício recompensando. Isso, com a aprovação de toda a turma em universidades federais.

Com o sucesso do projeto, a UniFavela, agora, conseguiu uma sala de aula de verdade. Nesse ínterim, agora contam com toda a estrutura necessária para um bom aprendizado. A nova sala de estudos na comunidade foi uma contribuição da ONG Vida Real.

O projeto

Agora, com nova sala, em todas as tardes, de segunda à sexta-feira, serão ministradas aulas na UniFavela. E o projeto que começou pequeno, hoje já conta com 21 professores, uma pedagoga e dois ex-alunos que ajudam com a administração geral. Todos eles voluntários, e a maioria jovens da comunidade. Muitos deles inclusive que são alunos de universidades públicas do Rio de Janeiro.

Mas ainda assim são muitas as dificuldades que eles enfrentam para manter o projeto ativo. “Outro dia não tivemos aula porque um dos professores não tinha o dinheiro da passagem para chegar até a escola”, conta Letícia.

Então, eles criaram também uma vaquinha online para arrecadar fundos para auxiliar os professores voluntários. E também, para levar os alunos a eventos fora da comunidade, como exposições e feiras culturais.

Laerte Breno, de 24 anos, é um dos fundadores da UniFavela. Ele afirma que, em sua visão, todo esse esforço compensa e que ver esse resultado dá uma força a mais para continuar. “É gratificante saber que eu posso encontrar quem foi meu aluno na mesma faculdade que estudo ou em eventos acadêmicos. É de emocionar”, diz o jovem, que cursa Letras, na UFRJ.

Ele conta ainda que teve a ideia de formar a primeira turma da UniFavela, quando uma menina o procurou, para pedir ajudar para estudar para o vestibular.

E você, o que achou desse projeto? Conta para a gente nos comentários e compartilhe com os seus amigos.

O que aconteceria se aparecesse um buraco negro em seu bolso agora?

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