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Tratamento alivia depressão em 90% dos pacientes

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depressão é um distúrbio afetivo que gera tristeza profunda, uma perda generalizada de interesse, falta de ânimo, prazer e algumas oscilações de humor. Mas engana-se quem pensa que existe apenas um tipo de depressão. Existem vários tons sob a tenda da depressão como por exemplo, a possibilidade de ser leve ou grave, curta ou crônica, além de alguns eventos que podem desencadear os sintomas como o nascimento de um bebê.

Saber os tipos de depressão e ser diagnosticado corretamente ajuda tanto os médicos quanto os pacientes. Uma notícia positiva para as pessoas que sofrem com esse distúrbio é que, de acordo com uma nova pesquisa americana, um tratamento com estimulação magnética transcraniana pode ser eficaz para as pessoas que sofrem com depressão severa. Eles fizeram um experimento que conseguiu aliviar, em 90%, os sintomas nos pacientes.

As pessoas que tem depressão, normalmente, tomam remédios e fazem terapia. E esse tipo de tratamento pode não funcionar para algumas pessoas. Em especial para os pacientes que tem sintomas mais graves.

A técnica que foi usada por esse novo estudo se chama “estimulação magnética transcraniana”. Ela usa os campos eletromagnéticos para estimular as células nervosas no cérebro. E com isso desenvolve uma forma mais rápida e concentrada para trataras pessoas com depressão severa.

Técnica

Essa tecnologia levou o nome de “Stanford Accelerated Intelligent Neuromodulation Therapy”, ou somente SAINT. E ela foi capaz de fazer com que 21 pacientes, que tiveram resitência com outras terapias, tivessem 90% de alívio.

“Esta é realmente uma maneira de ativar uma região do cérebro que foi desativada pela depressão de maneira personalizada”, disse um dos autores do estudo, o neuropsiquiatra Nolan Williams da Universidade de Stanford.

A estimulação magnética transcraniana típica se concentra na parte do cérebro que regula as funções como a recuperação de memórias ou inibição de comportamentos inapropriados, que é o córtex pré-frontal.

Os pesquisadores focaram a estimulação do SAINT entre o córtex pré-frontal dorsolateral e o cingulado subgenual, que é uma parte que fica hiperativa nas pessoas que sofrem de depressão. O que eles queriam era diminuir essa velocidade.

Além disso, os cientistas também aumentaram a intensidade da terapia. Nas sessões de estimulação magnética regular eles usam 600 pulsos, e nas do SAINT eles usaram 1.800 pulsos. Essa mesma taxa já tinha sido testada em outras condições neurológicas, como o Parkinson.

Resultados

 

Os participantes do estudo fizeram 10 sessões de 10 minutos de SAINT diariamente durante cinco dias. Elas tinham o intervalo de 50 minutos entre elas.  O tratamento de estimulação magnética, geralmente, é feito em seis semanas com sessões únicas diariamente.

Antes e depois dos pacientes serem submetidos ao SAINT, os pesquisadores avaliaram a função cognitiva deles. E nos resultados não encontraram nenhum efeito colateral. Depois das sessões, alguns participantes tiveram dor de cabeça e fatiga, mas logo passaram.

No fim do estudo, a capacidade dos participantes em fazer uma mudança entre tarefas mentais e resolver problemas melhorou de forma significativa. Esse foi um resultado típico para as pessoas que não estão mais depressivas.

Os indicadores de humor mostraram que alguns pacientes não tinham mais depressão logo depois de um dia de tratamento. Outros pacientes também chegaram a esse resultado, mas depois dos cinco dias de tratamento. Na média, três dias eram suficiente para que os participantes sentissem alívio dos sintomas.

Longo prazo

Depois de um mês da terapia, 60% dos pacientes estavam em remissão, que quer dizer que não tinham sintomas de depressão. E conforme fosse a resistência dos pacientes a tratamentos esses efeitos podiam durar até um ano.

“É muito mais dramático do que qualquer coisa vista com antidepressivos orais ou tratamentos convencionais para depressão”, resumiu Williams.

“O objetivo é ter esse tratamento disponível assim que for humanamente possível. Esse é o nosso foco”, concluiu Williams.

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