Curiosidades

A triste história da elefanta Mary

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Durante anos, Mary, a elefanta, trabalhou entretendo plateias pelos Estados Unidos junto ao circo itinerante Sparks World Famous Shows. Mary a Grande, como era chamada, era a principal atração do circo, e atraia multidões para os espetáculos. Até que teve o seu destino selado em 1916, quando chegou à cidade de Erwin, no estado americano do Tennessee. Lá, a elefanta foi enforcada cruelmente em praça pública pelo crime de ser apenas um animal. Em um incidente, o animal acabou assassinando o seu cuidador, caso que lhe rendeu a vida de uma forma brutal.

E a história da elefanta Mary é tão triste quanto bizarra. Em todos esses anos, muitos detalhes sobre a vida e morte do animal se perderam com o tempo. Mas uma coisa é fato: a elefante do circo matou o seu cuidador que a agrediu com um gancho, e por isso, ela foi executada publicamente. O caso é tão horrível quanto inacreditável. Mas, felizmente, a morte de Mary não foi em vão. Ela acabou se tornando um símbolo da luta contra os abusos e maus-tratos contra animais de circo.

Mary, a elefanta

No século 19, o pai de Charlie Sparks, que viria a se tornar o dono do circo Sparks World Famous Shows, comprou a elefanta Mary quando ela tinha apenas 4 nos de idade. A elefanta asiática, que pesava cinco toneladas, foi chamada de ‘o maior animal terrestre vivo na Terra’. Daí, o seu apelido “Big Mary” (Grande Mary). No circo, Mary era a sensação, tocava instrumentos musicais, ficava em pé sob uma bola gigante, e até pegava bolas de beisebol. E durante anos, Mary foi a principal atração do circo. Até que o seu sucesso daria lugar um fim trágico.

Quando o circo chegou na cidade de Erwin, um homem, que trabalhava no hotel em que Sparks se hospedou, lhe perguntou sobre o trabalho com os elefantes. Mesmo sem nenhuma experiência, o homem, chamado Eldridge, foi contratado como cuidador dos elefantes, inclusive como cuidador de Mary. Enquanto os funcionários do circo instruíram o homem para lidar com os animais de forma gentil, Eldridge não parecia ter entendido bem a lição. E isso acabou resultando em um dos casos mais cruéis de tortura de animais já registrados.

Embora alguns detalhes tenham se perdido no tempo, o relato popular conta que o cuidador estava levando o elefante para um bar quando o animal parou para pegar uma casaca de melância jogada na estrada. Eldridge se irritou com a atitude do animal e começou a bater no elefante, cavando seus ganchos profundamente em sua carne. O animal logo reagiu à agressão, e segundo relatos, Mary levantou o homem no ar e bateu o seu corpo no chão até esmagar a sua cabeça com a pata. Eldridge morreu na hora.

A morte da elefanta assassina

Uma multidão de pessoas se reuniu para ver a grande “Mary assassina”. E aos gritos de “mate o elefante”, a população da cidade se revoltou. O circo, que tinha um espetáculo naquela noite, foi proibido de entrar na cidade desde que o animal estivesse vivo. Então, o proprietário do circo teve que tomar a difícil decisão de sacrificar a elefanta, caso contrário, a população mesmo se encarregaria disso. E no caso, precisaria ser uma execução pública, aos olhos da população.

No dia seguinte, a elefanta de cinco toneladas foi enforcada em praça pública. Para isso, foi necessário um guindaste de 100 toneladas, montado nos trilhos da ferrovia. O animal foi brutalmente levantado pelas correntes e solto no chão. Com a queda, Mary teve o seu quadril quebrado. Mais uma vez, a elefanta foi enrolada nas correntes e erguida novamente. Dessa vez, o animal gritava e se debatia. Por 30 minutos, Mary ficou suspensa no ar, até que um veterinário oficializou a sua morte.

Infelizmente, o caso da “Mary, a assassina” não é isolado. Muitos outros animais sofreram maus-tratos e torturas semelhantes. Esses exemplos acabaram levando grupos de defesa do bem-estar animal a defenderem mudanças no cuidado desses animais. Cem anos após a sua morte, Mary ainda é lembrada como um exemplo do motivo pelo qual não devemos colocar animais em situações antinaturais.

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