História

A triste história da pessoa com o maior QI da história

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Rick and Morty é uma série que apesar de seu humor ácido (em todos os sentidos que você pode encontrar para a palavra “ácido”) abre espaço para algumas discussões de cunho mais profundo.  O que seria de um ser humano, cuja inteligência é tão elevada, que o faz sentir só? Seriamos preparados emocionalmente e socialmente para lidar com tais sentimentos de solidão? A esfera racional que permeia nossas vidas é só um fator dentro da gama de outras variáveis que nos torna humanos. A lógica é tão importante quanto as emoções que se materializam em nossas atitudes, porém não é o ponto determinante e unitário que constitui o que significamos como felicidade.

Rick Sanches na série é o homem mais inteligente do mundo e nem por isso é o mais feliz. Apesar de sua história ser ficcional , existem exemplos de pessoas assim em nosso mundo.  Deixando de lado espaçonaves e portals guns, William Sadis seria o mais próximo que teríamos do personagem de Justin Roiland e Dan Harmon. O homem que teve seu QI estimando entre 250 e 300 pontos, sendo assim considerado a pessoa mais inteligente do mundo.

Willian James Sidis

Filho de Boris e Sarah Sidis, dois judeus ucranianos que devido perseguições políticas e religiosas, fugiram para Nova York em busca de uma nova vida. Tanto Boris quanto Sarah eram muito bem sucedidos.  Boris era um psicólogo famoso e reconhecido por seus estudos em hipnose e tratamento de transtornos mentais. Sarah foi uma das únicas mulheres de seu tempo a receber um diploma de medicina. Da união desses dois indivíduos nasceu um gênio.

O brilhantismo de William era tanto, que para algumas pessoas, poderia ser considerado assustador. Com apenas 1 ano de idade ele já estava escrevendo. Também é dito que leu em 4 horas toda a obra de Homero e que aos 8 anos de idade ele já possuía 4 livros de autoria própria, sendo um deles uma monografia sobre anatomia. Já comentamos que nessa idade ele já falava 9 línguas diferentes?

Você consegue imaginar onde ele estava quando tinha 11 anos? Nessa idade ele estava adentrando Harvard (Sim, a prestigiada Universidade de Harvard), e enquanto estudava na universidade, já dava palestras sobre o estuda da 4ª dimensão para o clube de matemática.

A infância do gênio

Desde de criança, o pai de William o conduzia para o caminho do brilhantismo, muitas vezes por meios ortodoxos. Boris Sadis  usava de diversas técnicas (incluindo Hipnose) para aumentar a capacidade e o potencial do garoto. Não somente isso, sua mãe Sarah Sidis, deixou para trás a carreira de médica para “educar” e “moldar” a genialidade do filho.

Sua infância foi uma experiência similar a de um rato de laboratório treinado para executar tarefas intelectuais. Porém, o que mais choca nesse relato não é somente as metodologias utilizadas para o desenvolvimento mental do filho, mas a exposição do mesmo ao grande público. William mostrava muita disposição para os métodos do pai, no entanto, o que realmente o incomodava era a forma que era apresentado para a grande mídia e as pessoas que o cercavam.

Seus pais publicavam relatórios acadêmicos mostrando as conquistas alcançadas pelo o prodígio de tempos em tempos. Desde que ingressou na universidade até o fim de sua formação William era assediado pela imprensa e pela comunidade científica.

Vida Adulta

Aos 16 anos, após terminar seu curso de matemática em Harvard e é convidado por estudiosos (Impressionados com suas teorias sobre a 4º dimensão) para dar aula na Universidade de Houston.  William também inicia o curso de direito, porém mais tarde o deixa  e não concluiu mais nenhum outro.

Em 1919, com 17 anos de idade, foi preso por incitar manifestações e organizar movimentações prol comunismo. No entanto, sua estadia na prisão foi extremamente curta devida o poder e a influência que sua imagem e seus pais possuíam. Mas isso não foi empecilho para ele vir a ser preso novamente por incitar atos e protestos anti-capitalistas. Contudo, ao invés dele ser mandado para uma prisão, ele foi mandado para um sanatório a pedido de seu pai.

No seu tempo recluso criou sua própria alternativa política, declarou-se socialista e decidiu que levaria uma vida solitária. Um ano depois teve novamente sua liberdade.

Sua vida adulta foi marcada pelo anonimato e pequenos empregos. É dito que o próprio William procurou mudar seu nome e vez ou outra publicava artigos científicos utilizando de pseudônimos.

O intelecto e a felicidade

William é uma mente brilhante que pertence a um “universo” diferente da maioria das pessoas. Muitas vezes, tanto “O garoto” quanto “O adulto”, repetiam o pensamento de não pertencer a esse mundo e sociedade. Na universidade enquanto professor, foi zombado varias vezes por sua idade e pelo fato de nunca ter beijado uma mulher. William tinha muita dificuldade de socialização e de convivência com pessoas devido sua criação.

Análogo a Rick Sanches da série Rick and Morty, pessoas com mentes brilhantes e ditas “superiores” nem sempre são felizes. Rick é depressivo, alcoólatra e desacreditado no nosso mundo devido seu entendimento do universo. Consequentemente, o personagem escolheu viver aventuras longe do que é entendido como normal, cotidiano e humano (Talvez como uma forma de preencher o vazio que existe dentro dele). Mesmo que mantenha vínculos emocionais com sua filha e netos, Rick sempre tende a nega-los. Rick é uma pessoa triste.

William Sidis chega ao fim de sua vida aos 46 anos devido um derrame. Tendo seu legado como homem mais inteligente da terra descrito pela imprensa como:

“O homem mais inteligente do mundo hoje vive na miséria”.

William J. Sidis ainda possui o maior quociente de inteligência da história. Em segundo lugar, o jovem Terence Tao. Que hoje dá aulas na Universidade de Los Angeles.

E ai, o que você achou dessa matéria? Você ainda gostaria de ser a pessoa mais inteligente da terra? Deixe seu comentário aqui embaixo.

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