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Truque psicológico para o cérebro ajuda você a se livrar de hábitos ruins

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Todo mundo possui alguns hábitos. Eles podem ser prejudiciais tanto para nosso corpo quanto nossa saúde ou então benéficos. Mas como eles são formados no cérebro? Esse processo envolve várias células e processos que levam a consolidação daquelas coisas que viraram rituais diários e rotinas.

E segundo os cientistas da Dartmouth College, nos EUA, o corpo estriado dorsal do cérebro passa por uma curta explosão de atividade quando esses novos hábitos se formam. De acordo com um novo estudo, esse explosão acontece em cerca de meio segundo. Conforme o hábito vai ganhando mais força, a explosão de atividade cerebral aumenta.

E os cientistas observaram que os hábitos podem ser controlados dependendo do quão ativo é o corpo estriado dorsal.

“Nossas descobertas ilustram como os hábitos podem ser controlados em uma pequena janela de tempo quando são colocados em movimento pela primeira vez. A força da atividade cerebral nesta janela determina se o comportamento completo se torna um hábito ou não. Os resultados demonstram como a atividade no corpo estriado dorsal, quando os hábitos são formados, realmente controla como os animais são habituais, fornecendo evidências de uma relação causal”, explicou o autor principal Kyle S. Smith, professor e diretor de estudos de pós-graduação no departamento de ciências psicológicas e cerebrais em Dartmouth.

Hábitos

Smith já tinha observado em um estudo anterior essa explosão na atividade cerebral no corpo estriado dorsal relacionada com o hábito de um rato correr em labirinto. Na nova pesquisa, os cientistas manipularam a explosão usando um método conhecido como optogenética. Ele é uma luz azul intermitente que excita as células cerebrais. Enquanto uma luz amarela inibe as células e as desliga.

Depois dos ratos terem sido treinados para correr em um labirinto, os pesquisadores estimularam as células do corpo  estriado dorsal deles. E fizeram com que os animais corressem com um vigor e uma frequência maior por todo labirinto.

Em um outro experimento os cientistas inibiram as células. Desse jeito os ratos se moveram de forma lenta. E tinham perdido seu hábito.

“Quando os pesquisadores aplicaram as manipulações de luz no meio das corridas em outro dia, o efeito foi pequeno. Uma vez que os ratos já haviam colocado em movimento toda a sequência de comportamento, sequência de correr, virar e parar, esse hábito parecia ditar suas ações, como se estivessem no piloto automático”, disse o estudo.

Mudar hábito

Se o objetivo for mudar um hábito ou então criar um novo, como por exemplo fazer exercícios ou então se alimentar de uma forma melhor, a notícia é boa. Segundo os cientistas, o segredo é a repetição.

Em seu estudo os pesquisadores criaram ratos virtuais em umas simulações computadorizadas. Nelas, eles conseguiram mostrar que para formar novos hábitos a frequência da ação é mais importante do que o prazer que se tem fazendo ela.

“Os psicólogos têm tentado entender o que impulsiona nossos hábitos há mais de um século. E uma das perguntas recorrentes é até que ponto os hábitos são produto do que queremos versus o que fazemos. Nosso modelo ajuda a responder a isso. Sugerindo que os próprios hábitos são um produto de nossas ações anteriores. Mas em certas situações esses hábitos podem ser suplantados por nosso desejo de obter o melhor resultado”, disse Amitai Shenhav, co-autor da pesquisa.

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