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Um novo tipo de Aurora foi vista no céu do Norte

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Para aqueles que não sabem, a aurora boreal é o fenômeno causado pelo choque do plasma solar com partículas da atmosfera, após o contato com o campo magnético da Terra. No hemisfério Norte, se chama Aurora Boreal, e no hemisfério Sul, Aurora Austral.

O nome “aurora” e “borealis” veio dos gregos que pensavam que as luzes que estavam no céu eram a deusa da aurora andando em sua carruagem no céu. Outros povos também tinham suas crenças sobre o que esse fenômeno natural era.

Uma das mais conhecidas é a Aurora Boreal da Finlândia. Mas isso não quer dizer que ela só exista lá. Vários outros países também têm esses fenômenos. E uma colaboração entre os físicos e observadores amadores das estrelas resultou em uma descoberta. Os pesquisadores dizem que é um tipo de fenômeno de aurora, que não era conhecido previamente.

Ela é chamada de “as dunas”, essas ondas luminosas e ondulantes não parecem se encaixar, em nenhuma categoria estabelecida de aurora. Ela só foi documentada agora, por causa da colaboração entre fotógrafos amadores do espaço e astrônomos profissionais na Finlândia.

Aurora

Essa aurora é parecida com Steve, o fenômeno que parece com uma fita que foi nomeado em 2017. Quando Steve foi descoberto eles ficaram bastante empolgados. Mas as investigações feitas depois viram que ele não era uma aurora. Ele era um tipo parecido de brilho atmosférico produzido por partículas carregadas que fluem pela ionosfera da Terra.

Minna Palmroth é uma física espacial computacional da Universidade de Helsinque, e enquanto ela escrevia seu livro de guia sobre a aurora boreal, chamou sua atenção ver as dunas. Elas, na época, se encaixavam nos tipos conhecidos de aurora.

Depois do livro ser publicado, algumas pessoas da comunidade amadora finlandesa, viram, identificaram e fotografaram o fenômeno das dunas nos céus. Eles compartilharam as imagens com Palmorth e seus colegas, para que eles também pudessem investigá-lo.

“Um dos momentos mais memoráveis ​​da nossa colaboração em pesquisa foi quando o fenômeno apareceu naquele momento específico. E pudemos examiná-lo em tempo real”, disse o astrônomo Matti Helin.

“Era como montar um quebra-cabeça ou realizar um trabalho de detetive. Todos os dias, descobríamos novas imagens e tínhamos novas idéias”, continuou.

Descoberta

O trabalho da equipe está documentado em um artigo científico, que foi recém publicado. E detalha também como essa colaboração funcionou. E também explica o que as dunas são realmente.

De acordo com os pesquisadores, as dunas aparecem a uma altitude de aproximadamente de 100 quilômetros, nos trechos superiores da mesosfera. E são visíveis ao mesmo tempo, de diferentes lugares da Finlândia e Suécia.

Esse fenômeno foi registrado sete vezes separadamente. E o que os pesquisadores suspeitam é que ele seja um exemplo, do que é chamado de “furo mesosférico”. E se manifesta quando as ondas de átomos de oxigênio na atmosfera são excitadas por interações com o vento solar e produzem o brilho das dunas.

“Associamos as dunas à oscilação da densidade do oxigênio. Dando uma variabilidade à emissão auroral a partir da variabilidade dos alvos de excitação na atmosfera”, escreveram os autores do artigo.

“Embora a evidência não seja suficiente para concluirmos, sem sombra de dúvida, que as dunas não são uma manifestação de variações na precipitação auroral, argumentamos que elas são mais sugestivas de que sejam resultado de ondas atmosféricas”, ressaltam.

“Nosso artigo contribui para o crescente corpo de trabalho que ilustra o valor das imagens de cidadãos cientistas na realização de análises quantitativas de fenômenos ópticos. Especialmente, em pequenas escalas em latitudes sub-aurorais”, afirmam.

“Além disso, o projeto das dunas apresenta meios para criar interesse geral em relação à física. Enfatizando que os cidadãos podem participar de trabalhos científicos ajudando a descobrir novos fenômenos”, concluem.

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