Curiosidades

Um segredo por trás do genoma da barata explica porque elas são “impossíveis” de matar

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Feias, asquerosas e nojentas. Estas são as baratas. Não é de se impressionar que poucas pessoas tenham afeição por essas criaturas, na verdade. muita gente por aí apenas sai correndo quando ouve tal palavra… Literalmente falando. Já experimentou gritar: “OLHA A BARATA!”, pra uma pessoa que morre de medo do inseto? Caso nunca tenha feito isso, fica a dica! Pode ser algo engraçado de se ver.

Mas vamos falar sério. Quantas vezes você já tentou matar uma barata e ela conseguiu escapar? Mesmo depois de um bom pisão ou da famosa “chinelada”, ela simplesmente saiu correndo como se nada tivesse acontecido? Depois disso, você nunca mais consegue a encontrar de novo. É como se simplesmente evaporasse. Mas afinal, como isso é possível? Há alguma explicação ou é apenas um fato sobrenatural dessas criaturas malignas?

O genoma da barata pode explicar

Você já deve ter encontrado algumas perninhas de barata pela casa, é algo que acontece com todo mundo. Mas não se engane… Isso não quer dizer que o inseto a que elas pertenciam está morto. Na verdade, elas tem a incrível habilidade de regenerar suas pernas dentro de poucos dias, principalmente enquanto estão na fase de ninfa (ainda em desenvolvimento). Sem contar que podem sobreviver às mais brutais condições… Fezes, bactérias, lixo, lugares apertados, dentre tantas outras coisas e ainda assim, permanecem saudáveis. Não é à toa que segundo especialistas, as baratas são mais antigas que os próprios dinossauros.

Estudos realizados por pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências, em Xangai, acreditam que tudo isso se deva ao genoma do inseto. Eles sequenciaram os genes da barata Periplaneta Americana, revelando que ela pode ser muito mais adaptável do que imaginamos. Apenas à título de curiosidade, 60% de seu genoma contem elementos repetitivos, que dão às baratas tudo que elas precisam para sobreviver ao ambiente urbano.

Apenas para que você tenha noção, elas possuem mais de mil genes que codificam receptores químicos que as ajudam a andar pelo ambiente, incluindo outros 154 receptores olfativos… Que é praticamente o dobro do que outros insetos e mesmo porte possuem. Seus receptores gustativos também fazem com que sejam capazes de detectar o sabor das coisas, as ajudando também a tolerar alimentos potencialmente tóxicos. Bem, é por isso que elas riem da cara de muitos pesticidas que usamos.

Capacidade física

Além de seus genes, que as ajudam a resistir a ambientes extremos, uma barata ainda possui capacidades físicas impressionantes. Segundo Kaushik Jayaram, líder de um estudo conduzido pela UC Berkeley: “Elas medem cerca de 12 mm de altura quando correm livremente, mas podem esmagar seus corpos em até 4 mm“. Além disso, quando precisam passar por uma rachadura por exemplo, esmagam voluntariamente seus corpos em questão de um segundo. Depois de já estarem dentro, podem alcançar altas velocidades mesmo em tal condição.

Quando elas são esmagadas de forma involuntária, como quando pisamos sobre suas costas por exemplo, as coisas mudam um pouquinho de figura. Elas reorientam suas pernas para os lados, para conseguirem suportar maior pressão. Como não conseguem caminhar com as pernas em tal posição, usam as espinhas sensoriais de sua tíbia para se mover. Tal fato foi observado por cientistas quando filmaram os insetos correndo.

Como se não bastasse, ainda é válido mencionar que uma barata consegue suportar até 900 vezes o próprio peso e ainda sair ilesa! Para provar isso, cientistas submeteram uma barata a uma espécie de compressor, onde ela foi esmagada até a morte. Pode parecer cruel, mas a experiência foi necessária para testar a capacidade do inseto.

O fato é que a biomecânica das baratas é realmente impressionante. Elas são capazes de correr com apenas duas de suas pernas e ainda assim, alcançar 1,5 metros por segundo. Bem, parece que ficou explicado o motivo de elas ainda saírem correndo depois que você as acerta.

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