Ciência e Tecnologia

Uma máquina de fusão nuclear atingiu 6 vezes a temperatura do sol

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Os cientistas estão sempre construindo máquinas para entender como o mundo funciona. O reator Experimental Advanced Superconducting Tokamak (EAST), em Hefei, conseguiu atingir uma temperatura maior que 100 milhões de graus Celcius. Essa temperatura fez com que um novo recorde fosse estabelecido e que uma nova forma de energia estivesse se aproximando.

A energia, que é liberada da fusão dos átomos, é difícil de pegar, mas os Institutos de Ciência Física de Hefei e Academia Chinesa de Ciências conseguiram. E para que ela seja produzida é preciso apertá-los ou batê-los com força.

O hidrogênio no sol se funde a cerca de 15 milhões de graus Celcius, e para alcançar o mesmo resultado na Terra é preciso de um forno muito mais quente, no caso, quase sete vezes mais. Além disso, o hidrogênio tem que ficar lá tempo suficiente para que a produção de energia valha a pena.

Se isso realmente fosse alcançado, a recompensa valeria muito a pena. Ao contrário da fissão nuclear, a energia vem da decomposição de átomos grandes em menores, sendo assim, a fusão nuclear não gera nenhum resíduo radioativo.

Pesquisas

Vários pesquisadores têm experimentado maneiras de conseguir esse calor, o EAST é mais uma delas. Algumas das tentativas usam um anel de metal gigante com plasma e mantêm a nuvem de partículas carregadas no lugar com campos magnéticos. Mas esses tipos têm que ter uma tecnologia para que o anel de plasma não saia do lugar.

Os Tokamaks, como é o caso do EAST, usa os campos magnéticos que são produzidos pelo próprio plasma para controlar sua oscilação. Isso o deixa menos estável, mas dá a possibilidade dos físicos aumentarem o calor.

Reator

Em 2017, o reator teve um importante feito que foi conseguir manter o plasma confinado com alta energia por 101,2 segundos. Essa conquista foi super importante para que o plasma de ordenha fosse possível. Mas para isso a temperatura tinha que aumentar suficientemente para que os átomos se fundissem e conseguissem liberar mais energia do que a gasta no processo.

Para que isso acontecesse vários ajustes e experimentos foram feitos. O EAST se baseou em variadas formas de aquecimento na combinação certa para que fosse criado uma densidade plasmática ideal. Como resultado foi conseguido uma nuvem de partículas carregadas que tinham elétrons aquecidos a mais de 100 milhões de graus Celcius.

Essa conquista faz com que estejamos cada vez mais perto de um fornecimento de energia virtual infinito e limpo, mas ainda existem vários desafios para serem enfrentados. Saber quando ou como eles serão enfrentados ainda é uma questão.

Desde que o EAST foi criado, em 2006, ele foi apelidado de sol artificial e pode ter se contentado com esse título até agora. Agora ele realmente fez jus ao nome que lhe foi dado.

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