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Vacina brasileira contra o COVID-19 entra na fase de testes em animais

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Em todos os veículos de comunicação, está sendo noticiado, com grande enfoque, o surto de coronavírus. Por ser um vírus mortal, as autoridades de todo mundo estão se mobilizando com a situação e  tentam conter o surto. A propagação desse novo tipo de coronavírus, tanto pela Ásia como em outros continentes, deixou o mundo todo em estado de alerta. Ela foi identificada no dia 31 de dezembro de 2019. E desde essa data ela já matou várias pessoas e infectou centenas de outras.

Em na urgência de tentar conter o mais rápido possível a pandemia de coronavírus, laboratórios do mundo inteiro estão se mobilizando em busca de uma vacina eficaz contra a COVID-19.

Uma notícia boa é que pesquisadores do Brasil desenvolveram uma vacina contra o Sars-Cov-2. Ele é o vírus responsável pelo COVID-19. E o estudo acabou de entrar em sua fase pré-clínica. E a imunização tem um modelo diferente do que está sendo usado em outros países. E ela será testada em camundongos.

Vacina

Quem está liderando esse projeto são os cientistas da Faculdade de Medicina da USP e do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (Incor). E a pesquisa está sendo financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Depois dessa fase chamada “pré-clínica”, os pesquisadores vão poder testar a vacina em pessoas voluntárias. Quando o estudo avança para essa fase é que se identifica qual é a concentração capaz de dar uma resposta rápida e duradoura ao sistema imunológico da vacina em animais.

“Já conseguimos desenvolver três formulações de vacinas que estão sendo testadas em animais. Em paralelo, estamos formulando diversas outras para identificar a melhor candidata”, disse Gustavo Cabral, pesquisador responsável pelo projeto.

As partículas que são usadas na vacina são induzidas a carregar fragmentos do novo coronavírus. Dessa forma fazendo com que o corpo humano gere uma resposta de forma segura. O modelo para fazer a vacina escolhido pelos pesquisadores brasileiros é diferente do usado em outros países. Os outros são baseados fundamentalmente em mRNAm, que é o RNA mensageiro.

O modelo leva mais tempo justamente por levar em conta uma multiplicidade de fatores que faz com que, muitas vezes, a vacina obtida não seja eficaz. Além do Brasil, a vacina está sendo desenvolvida nos Estados Unidos, Alemanha, Austrália e China.

Outra vacina

Outra vacina contra o novo coronavírus foi desenvolvida pela Universidade de Oxford. E dois mil brasileiros vão participas dos testes. Essa é uma estratégia que faz parte de um plano de desenvolvimento global. E o Brasil vai ser o primeiro país, fora do Reino Unido, a começar a testar se a vacina contra o Sars-CoV-2 é realmente eficaz.

Esses testes vão ser feitos no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em São Paulo quem fará os testes nos mil voluntários será o Centro de Referência para Imunológicos Especiais (Crie), da Unifesp. Já no Rio de Janeiro, os outros mil voluntários terão seus testes conduzidos pela Rede D’Or São Luiz. E os custos, de aproximadamente cinco milhões de reais, vão ser bancados pela Rede. E terão a coordenação do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino.

Para que esse procedimento pudesse ser feito no Brasil ele foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). E teve apoio do Ministério da Saúde. Essas duas mil pessoas que farão os testes são as que já estão na linha de frente no combate contra o coronavírus. E tem um grau de exposição maior.

Além disso, os voluntários também não podem ter sido infectados em alguma outra ocasião. E os resultados vão ser extremamente importantes para se ter uma ideia da segurança da vacina.

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