História

Veja como essa mensagem de um prisioneiro de Auschwitz foi decifrada após 70 anos escondida

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A Segunda Guerra Mundial foi um período de muita dor e sofrimento para pessoas de todas as partes do mundo. Dessa época, o que mais choca e instala revolta são os campos de concentração que a Alemanha Nazista manteve sobre todo seu território. Na tentativa de purificar a humanidade, Hitler cometeu centenas de atrocidades e muitos inocentes pagaram caro por isso. Era muito comum que um prisioneiro não tivesse feito absolutamente nada para estar ali, em situação de completa agonia.

O Campo de Concentração de Auschwitz foi um dos principais pontos de extermínio de judeus e consequentemente, se transformou em um dos mais conhecidos ainda hoje. Um lugar em que as piores brutalidades eram praticadas e extermínios aconteciam em massa. Por outro lado, também guarda alguns mistérios. Até pouco tempo, um deles era uma mensagem de um prisioneiro. Até então, ninguém havia conseguido saber o que estava escrito ali de fato.

Carta de prisioneiro finalmente é decifrada

Marcel Nadjari é o nome do prisioneiro que escreveu alguns relatos em velhos papeis de carta. Ele era obrigado a ajudar os “esquadrões da morte nazista”. Na carta deixada por ele, menciona como as pessoas eram levadas às câmaras de gás, como se fossem sardinhas enlatadas. No ano de 1944, ele que tinha apenas 26 anos de idade, pensava apenas em uma forma de se vingar por todo o mal causado à ele e também à todas as outras pessoas que por ali passaram. No mesmo período, acabou descobrindo por outros judeus que seus pais e irmã, haviam sido mortos no campo de Auschwitz-Birkenau, ao sul da Polônia.

Em um dos trechos da carta, afirma: “Muitas vezes eu pensei em ir junto com os outros judeus, para dar um basta nisso. Mas a vingança sempre me impediu. Eu queria viver, vingar a morte do papai, da mamãe e da minha querida irmãzinha“. Assim como mencionamos anteriormente, ele era forçado a ajudar os nazistas. Era um entre os 2,2 mil membros do que chamavam de Sonderkommando, um grupo de judeus escravos que eram obrigados a acompanhar judeus até as câmaras de gás. Além de queimar os corpos, ainda precisavam recolher obturações de ouro, restos de cabelo de mulher e também jogar as cinzas restantes no rio.

Prisioneiro sabia seu destino

Esse grupo sabia que seria apenas uma questão de tempo até que também fossem exterminados. Sabiam que eram completamente dispensáveis aos olhos do exército nazista. No mês de novembro de 1944, Nadjari decidiu que esconderia seus manuscritos de 13 páginas. Pegou então uma garrafa térmica e lá mesmo colocou todas as folhas. Em seguida, colocou a garrafa dentro de uma bolsa e a enterrou, bem perto do crematório 3.

Segundo seus relatos: “O crematório é um prédio grande com uma larga chaminé e 15 fornos. Sob um jardim, há dois porões enormes. Um deles é onde as pessoas se despem e o outro é a câmara da morte. As pessoas entram nuas e, uma vez que há cerca de 3 mil lá dentro, são trancadas e expostas aos gases. Após seis ou sete minutos de sofrimento, morrem“.

Nos manuscritos, o prisioneiro ainda conta que chegou a presenciar uma real revolta dos Sonderkommando. Foi liderada por alguns soldados soviéticos que, em uma tentativa desesperada, tentaram explodir crematórios com pólvora que conseguiram roubar. No entanto, acabaram sendo massacrados. Como Nadjari não havia participado da revolta, conseguiu permanecer vivo.

A descoberta da carta

Tudo aconteceu por acaso. Enquanto fazia pequenas escavações em Auschwitz, no ano de 1980, um estudante polonês foi o responsável pela descoberta. Segundo ele, a bolsa com a garrafa estava enterrada há cerca de 40 centímetros da superfície. Devido às más condições do solo, principalmente quanto a umidade, os manuscritos estavam em 90% borrados, não permitindo a completa leitura.

Mais tarde, o russo Pavel Polian decidiu que faria o possível para recuperar tais relíquias que poderiam esclarecer muito sobre o Holocausto. Depois que o caso ganhou repercussão, Polian foi convidado a falar sobre o assunto em uma rádio russa e acabou mencionando a péssima qualidade dos escritos. Foi aí que Alexander Nikityaev apareceu para ajudar, um especialista em T.I.

Mensagem é decifrada com ajuda da tecnologia

Na tentativa de restaurar toda a mensagem, Nikityaev usou o Photoshop, aplicando filtros para que a legibilidade fosse aprimorada. Passou um ano fazendo testes e diversas análises, até que finalmente, conseguiu que os escritos se tornassem 90% legíveis. Ainda pôde contar com a ajuda de um acadêmico greco-romano, Ioannis Carras, que auxiliou na difícil tarefa de traduzir os textos.

Por incrível que pareça, este não foi o único relato do período já encontrado. Existem outros que inclusive, estão em melhores condições e serão submetidos ao mesmo procedimento com o Photoshop. Estima-se que 110 membros do grupo de Sonderkommando tenham conseguido sobreviver.  A maior parte deles são judeus poloneses que preferem não falar muito sobre todo o horror que foram obrigados a enfrentar. Infelizmente, não foi o caso de Nadjari.

E então pessoal, o que acharam? Já conheciam a história da carto do prisioneiro? Compartilhem suas ideias com a gente aí pelos comentários!

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