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Segundo pesquisas, por muito pouco, Vênus não é um planeta habitável

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O universo é grande demais para que haja vida inteligente apenas aqui na Terra. Bom, não estamos afirmando nada, apenas retratando a crença de vários leitores. Por esse motivo, diversos estudiosos dedicam suas vidas em busca de evidências que comprovem isso. Vidas não inteligentes já foram notadas em outros planetas, mas nada que signifique condições de vida humana. Recentemente, foi anunciada a descoberta de fosfina em Vênus, o planeta vizinho do nosso. Agora, um estudo traz informações sobre o potencial desse planeta para abrigar vida. Cientistas afirmaram então que o lugar, por muito pouco, não é habitável por pessoas como nós.

De acordo com a pesquisa da Universidade da Califórnia em Riverside (UCR), publicada no periódico Planetary Science Journal, Vênus poderia ser habitável. Como isso seria capaz? Se não fosse a órbita de Júpiter. Isso porque a órbita de Júpiter é dias vezes e meia maior do que a de todos os outros planetas juntos. De acordo com os autores do estudo, no começo de sua formação, Júpiter se moveu para mais perto e depois mais longe do Sol. Esse movimento afetou Vênus. Ao observarem outros sistemas planetários, os estudiosos viram que migração de planetas gigantes logo após a formação podem ser algo comum.

Como Vênus seria habitável

“Com a migração de Júpiter, Vênus passaria por mudanças dramáticas no clima. Esquentando, esfriando e perdendo cada vez mais sua água na atmosfera”. Essas foram palavras ditas por Stephen Kane, astrobiólogo da UCR e autor do estudo. Os estudiosos consideram os planetas sem água líquida incapazes de hospedar vida. Embora Vênus possa ter perdido a água desde sua formação, o estudo aponta que o movimento de Júpiter provavelmente fez com que Vênus deixasse de ser habitável.

O estudioso e toda sua equipe criaram então um modelo que simula o Sistema Solar. Calcularam a localização de todos os planetas a qualquer momento. Após isso, como eles se puxam em diferentes direções. Os especialistas mediram então a circularidade da órbita dos planetas em uma escala de 0 (completamente circular) a 1 (nada circular). Números entre 0 e 1 revelam então a eccentricidade de cada órbita. De acordo com Kane, uma órbita com eccentricidade 1 não daria uma volta completa em torno de uma estrela.

A órbita de Vênus é hoje 0,006, a mais circular entre todos os planetas do Sistema Solar. No entanto, o modelo de Kane mostra que Júpiter estava mais perto do Sol, há cerca de 1 bilhão de anos. Enquanto isso, Vênus tinha uma eccentricidade de provavelmente 0,3. Isso apresenta chances muito maiores de ser habitável. A respeito da Fosfina encontrada em Vênus, Kane diz ser possível que o gás produzido represente “a última espécie sobrevivente no planeta. O resultado de algo que passou por uma mudança dramática em seu ambiente”.

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