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Viagens psicodélicas e experiências religiosas são parecidas em várias formas

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Milhões de pessoas, ou até mesmo bilhões, usam drogas de todos os tipos. Entre drogas ilegais e provindas do submundo, até chegar no cafezinho de cada dia. As drogas podem causar diferentes efeitos para o nosso corpo. A maioria deles as pessoas já sabem. Como por exemplo, o álcool nos deixa bêbado e a nicotina vicia e prejudica o pulmão. E um ramo crescente de pesquisas sobre drogas tem mostrado que as experiências com drogas psicodélicas podem ser boas ou ruins, assustadoras e desconfortáveis. Mas que levam a melhorias no bem-estar e nos relacionamentos com outros.

Além disso, essas substâncias também deram resultados iniciais promissores no tratamento de transtornos mentais, quando usadas doses controladas. Então por que existe essa diferença entre experiências boas e más?

Uma equipe de pesquisadores perguntou 288 pessoas sobre suas experiências com psicodélicos. E descobriu que ter uma experiência mística ou religiosa com drogas pode desempenhar um papel importante.

Estudo

Esse estudo preencheu algumas lacunas no conhecimento sobre como drogas, como o LSD e psilocibina, induzem experiências de estilo religioso. E poderia dizer mais a respeito de como usar as substâncias em tratamentos. Além de mostrar que as viagens das drogas e viagens espirituais podem produzir o mesmo tipo de sentimento e humor nas pessoas.

“Mesmo quando tomado pela primeira vez, os psicodélicos podem ocasionar experiências subjetivas poderosas que compartilham muitas características com aquelas descritas por místicos, meditadores dedicados e praticantes religiosos”, disse o psicólogo Samuli Kangaslampi  da Universidade de Tampere, na Finlândia.

“Algumas pesquisas estão começando a demonstrar que passar por uma experiência de tipo místico pode estar ligado a relacionamentos melhorados consigo mesmo, com os outros e com o ambiente natural mais tarde”, continuou.

Para o estudo foi feito uma tradução finlandesa do “questionamento de experiências místicas revisadas com 30 perguntas” (MEQ30). Que pede aos voluntários que tentem quantificar alguns dos sentimentos e sensações que tiveram enquanto usavam psicodélicos.

A equipe estudou várias formas de traduzir  MEQ30. Para encontrar o método mais confiável para refletir de maneira mais precisa as experiências dos voluntários. Depois disso feito, eles passaram a explorar a ligação entre o psicodélico e o espiritual.

Experiências

Aquelas pessoas com pontuação elevada no MEQ30 eram mais propensas a descrever sua experiência como mística, espiritual ou religiosa. E mais pessoalmente significativa. Dentre os sentimentos  podem incluir uma maior consciência de um mundo interior ou ter a impressão de transcender no tempo e espaço.

“Aqueles com experiências místicas completas relataram mudanças mais positivas em todas as áreas pesquisadas. Em comparação com aqueles sem tal experiência”, escrevem os pesquisadores.

Em estudos futuros a equipe quer observar  como as experiências de tipo místico provocadas por psicodélicos podem ser diferentes entre várias culturas e contextos. Essa é a razão pela qual o MEQ30 é importante.

Entretanto, os pesquisadores dizem que as descobertas são suficientes para mostrar a ligação entre ter uma experiência mística ou religiosa com drogas psicodélicas e essa experiência ser uma coisa positiva a longo prazo.

“Fornecer um ambiente que conduza a tais experiências, sejam descritas como místicas, de pico ou de ruptura emocional, também pode ser benéfico nas aplicações clínicas de psicodélicos”, concluem os pesquisadores.

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