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Primeira foto de buraco negro finalmente foi transformada em vídeo

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Os buracos negros estão entre as coisas mais curiosas de todo o universo. Trata-se de coisas completamente invisíveis (até agora). A força gravitacional é tão imensa que nada escapa desses buracos, incluindo a radiação eletromagnética, como raios-X, infravermelho, luz e ondas de rádio. Essas poderiam permitir a detecção do objeto. Esse ponto sem retorno é conhecido como “horizonte de eventos”. Ele tem sido foco de observação do Telescópio Event Horizon (EHT) há vários anos. Já havia esperanças de termos a primeira foto de um buraco negro e isso tem instigado os cientistas há muito tempo.

No entanto, antes do telescópio, o astrofísico Jean-Pierre Liminet foi capaz de ilustrar como o horizonte desse evento poderia ser. Formado em Matemática, o estudioso fez uma simulação computacional de um buraco negro. Foi utilizado para isso um computador IBM 7040 da década de 1960. “Na época, era um assunto muito exótico e a maioria dos astrônomos não acreditava em sua existência”. Disse ele em uma entrevista. “Queria explorar a estranha física dos buracos negros e propor mecanismos específicos que poderiam ajudar a obter assinaturas indiretas de sua própria existência”. A foto do buraco virou então um vídeo. Confira conosco mais detalhes.

Primeira foto de um buraco negro finalmente foi transformada em vídeo

O mundo parou em 2019, para ver a primeira imagem de um buraco negro já feita. O registro do fenômeno M87*, que está situado a 53.490 anos-luz na galáxia Messier 87, demorou anos para ficar pronto. Foi preciso uma equipe bem grande de cientistas do projeto Event Horizon Telescope. Sendo assim, usando o mesmo método, os astrônomos analisaram dados coletados pela equipe entre 2009 e 2013. Com isso, conseguiram criar diversas imagem do buraco negro ao longo dos anos. O resultado do estudo foi um vídeo compartilhado no The Astrophysical Journal.

“No ano passado, vimos a imagem da sombra de um buraco negro. Consistia em um crescente brilhante formado por plasma quente girando em torno do M87*. Uma parte central escura, onde esperamos que seja o horizonte de evento do buraco negro”, disse Maciek Wielgus, líder do estudo. “Mas esses resultados foram baseados apenas em observações realizadas ao longo de uma semana em abril de 2017. Essa é uma janela de tempo muito curta para ver muitas mudanças”.

Segundo os cientistas, as observações de 2009 a 2013 consistem em muito menos dados do que as realizadas em 2017. Isso impossibilita a criação de uma imagem. Por esse motivo, a equipe usou modelagem estatística para observar essas mudanças ao longo do tempo. Desta forma, criou as imagens do fenômeno. Após todo o estudo, os cientistas puderam descartar alguns dos modelos teóricos que explicam o fenômeno com base na dinâmica observada.

“Quando medimos pela primeira vez o tamanho do M87* em 2009, não poderíamos ter previsto que ele noa daria o primeiro vislumbre da dinâmica de um buraco negro”. Essa foi uma afirmação de Shep Doeleman, que também fez parte do projeto.

Vídeo

O vídeo está disponível no canal “O Globo”.

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