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Vídeo mostra o que acontece quando uma baleia morre no fundo do mar

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Cientistas conseguiram flagrar o momento em que polvos, peixes e alguns outros seres vivos, realizam um verdeiro banquete com os restos mortais de uma baleia nas profundezas da baía de Monterey, na Califórnia (EUA). As imagens foram capturadas a mais de 1200 metros, onde fica localizado um pico vulcânico subaquático chamado Davidson Seamount.

Em um mergulho exploratório, pesquisadores marinhos encontraram a carcaça de uma baleia de 5 metros de comprimento. Surpreendentemente, a gravação subaquática aconteceu com ajuda de um par de veículos submarinos operados remotamente ou ROV (do inglês Remotely Operatedunderwater Vehicle).

Enquanto os animais se esbaldavam com toda a fartura ali disponível, os equipamentos registravam a ferocidade com que eles consumiam os restos mortais da baleia. Do mesmo modo, o também conhecido termo ‘queda de baleia’, é utilizado para descrever a carcaça de um cetáceo, que se instalou no fundo do oceano.

Os lugares onde esses restos mortais se instalam, tornam-se habitats. Isso porque o corpo, em decomposição do cetáceo, fornece alimento e abrigo para inúmeras espécies marinhas. Nesse ínterim, na queda de baleia, é possível identificar, pelas imagens polvos, peixes-carneiro europeus e alguns vermes, que comem ossos compartilhando o “jantar”.

A equipe por trás das filmagens estava abordo do navio exploratório Nautilus, e pertence ao Santuário Marinho Nacional de Monterey Bay. Já o Nautilus se encontra sob a direção de Robert Ballard. Posteriormente, ele ficou muito famoso depois de encontrar os destroços do Titanic.

A embarcação é equipada com dois ROVs, o Argus e o Hércules. Eles são frequentemente utilizados, para explorar águas escuras a alguns milhares de metros de profundidade. Embora, originalmente, os pesquisadores estivessem à procura de polvos fêmeas chocando nos flancos do monte submarino, o que eles acabaram encontrando os deixou boquiabertos.

Queda de baleia

Conforme Argus e Hércules se aproximam da carcaça da baleia, podemos ouvir a exaltação dos pesquisadores, ao perceberem o que está acontecendo. “Uau! Aqui vamos nós, baby! Sim, isso é fenomenal!”, dizem eles, no vídeo, ao avistarem a carcaça.

Nas imagens, capturadas pelos ROVs, é possível percebermos que a carcaça foi parcialmente consumida. Isso porque o esqueleto da baleira ainda abrigava alguns tecidos moles, gordura e órgãos internos. Ao menos 15 polvos são vistos, entrando e saindo por entre as costelas da baleia.

Em suma, seria difícil estimar ao certo quantos peixes-carneiro europeus estão aproveitando de todo alimento ali disponível. Nesse ínterim, os ossos da cauda e as vértebras do animal morto estão cobertos de vermes comedores de ossos.

Os pesquisadores identificaram os vermes, que são vistos sobre a carcaça da baleia, como pertencentes ao gênero Osadex. O termo em latim significa “comer ossos”. Popularmente chamados de “vermes zumbis”, estes animais costumam viver no fundo dos oceanos e atacam esqueletos de baleias e outros peixes mortos.

Eles costumam se agrupar sobre os ossos e utilizam uma secreção ácida para perfurar essa estrutura, e assim, sugar toda a gordura e o óleo que encontram em seu interior. “O jantar está servido”, disse um dos pesquisadores. No final da gravação, ainda é possível ouvir um deles dizendo: “Nós voltaremos”.

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