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Vivien Thomas, um importante nome da história médica que é desconhecido

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A história de Vivien Thomas é verdadeiramente inspiradora quando o assunto é superar barreiras em prol do conhecimento. Sem treinamento médico formal, o afro-americano desenvolveu técnicas e ferramentas que levariam à cirurgia cardíaca moderna que temos nos dias de hoje. Grandes cirurgiões estão realizando procedimentos cirúrgicos que salvam vidas graças ao Vivien Thomas. Até porque ele, em termos médicos, foi um peça-chave no pioneirismo da anastomose da artéria subclávia para a artéria pulmonar. O trabalho cirúrgico que ele realizou com Alfred Blalock abriu o caminho para o sucesso do Blalock-Taussig. Ou seja, ele desenvolveu os procedimentos usados para o tratamento da síndrome dos bebês azuis na década de 1940. Porém, como tudo começou? O que podemos tirar de sua jornada em vida, no âmbito pessoal e profissional? Conheça sua história e não deixe de espalhá-la por aí.

Em janeiro de 1930, Vivien Thomas, um jovem afro-americano, viu-se forçado a deixar seu primeiro ano de faculdade. Estava sem arcabouço financeiro. Nesse ínterim, fora trabalhar para Alfred Blalock em seu laboratório. As obrigações crescentes estavam reduzindo o tempo que o cientista poderia gastar no laboratório e, por isso, precisava de um assistente cirúrgico.

Blalock não poderia ter sido mais assertivo em escolher Vivien Thomas para o cargo. O jovem aprendeu a realizar as operações cirúrgicas e determinações químicas necessárias para seus experimentos. Além disso, conseguiu calcular os resultados e manter registros precisos. Ele permaneceu um associado inestimável ao longo da carreira de Blalock.

Vida de Vivien Thomas

Vivien Thomas nasceu em New Iberia, estado de Louisiana, no dia 29 de agosto de 1910. Sua família mudou-se para Nashville/Tennessee, onde foi educado em escolas públicas. Em 1929, depois de trabalhar como enfermeiro para arrecadar dinheiro para a faculdade, ele se matriculou como aluno de pré-graduação na Faculdade Agrícola e Industrial do Tennessee. Entretanto, a crise financeira da época acabou com as economias do garoto, obrigando-o a abandonar a escola.

Em 1930, ele assumiu um cargo na Universidade de Vanderbilt como assistente de laboratório de Alfred Blalock. As suas habilidades como assistente cirúrgico e pesquisador associado eram da mais alta qualidade. Quando Blalock se mudou para a Johns Hopkins em 1941, ele pediu que Vivien Thomas o acompanhasse.

O garoto juntou-se à equipe cirúrgica de Blalock e ajudou a desenvolver o procedimento usado na operação “bebê azul”.  Ele auxiliou no treinamento de muitos dos cirurgiões da Johns Hopkins, pois o procedimento solicitava delicadas técnicas para as operações cardíacas e pulmonares.

Legado

Vivien Thomas foi membro do corpo docente da faculdade de medicina entre 1976 a 1985. Recebeu o grau de Doutor Honorário em Direito pela Universidade Johns Hopkins em 1976. Hoje, em salas de cirurgia ao redor do mundo, há ótimos cirurgiões realizando os procedimentos.

Tudo isso graças ao treinamento de Vivien Thomas. Suas realizações são um testemunho do poder de pesquisa, descoberta e persistência para melhorar a saúde das gerações futuras. Esse é um legado que fora honrado com a nomeação do Vivien Thomas ao High Summer Research Program na Morehouse School of Medicine.

O “Vivien Thomas Research Program” para estudantes do ensino médio foi criado para fornecer experiências nos laboratórios de pesquisa da Morehouse School of Medicine. Os alunos realizam pesquisas durante seis semanas sob a direção de um membro do corpo docente da faculdade de medicina.

Eles aprendem o conteúdo, processo e metodologia envolvidos na ciência da pesquisa. No final desta experiência de verão, os participantes apresentam suas descobertas de pesquisa ao corpo docente e aos funcionários da MSM.

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