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Você conhece o fenômeno ”rei dos ratos”? Entenda melhor esse pavor dos povos medievais

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Alguns animais são a causa de grandes medos em humanos. Um verdadeiro pavor. E não pense que isso é besteira, as fobias ganharam até nome com o tempo. Como por exemplo, a aracnofobia, é o medo de aranhas. A catsaridafobia que é o medo de baratas e a musofobia, que é o medo de ratos camundongos.

As pessoas, que sofrem com esse tipo de medo, têm um único desejo: nunca encontrar nenhum desses animais. A verdade é que elas gostariam que eles desaparecessem da face da Terra. E poucas criaturas são tão colocadas de lado, quanto os ratos.

Esses animais são conhecidos por transmitir doenças. E foram acusados de serem os responsáveis por espalhar a Peste Negra, em meados do século XIV, mesmo com evidências sugerindo que isso não aconteceu.

Várias foram as associações implacáveis, que as pessoas fizeram com o rato. E não é de se espantar que algumas pessoas tenham imaginado que esse animal tivesse habilidades e comportamentos inacreditáveis. Um exemplo disso é o “rei dos ratos”.

O termo se refere a um bando de ratos cujas caudas se entrelaçam e criam um gigante super-rato. Vários profissionais da comunidade científica dizem que esse fenômeno não passa de folclore.

Como acontecem

Os avistamentos de ratos reis datam de 1500, sendo a maioria deles na Europa. As pessoas, que dizem que esses ratos realmente existem, dizem que um grupo de ratos, quando está em um espaço pequeno, como por exemplo uma toca, simplesmente ficam emaranhados.

Já outros dizem que é um esforço de sobrevivência por parte dos animais, e por isso, eles fazem a bola peluda. As pessoas, que acreditam nele, dizem que, principalmente nas estações frias, os ratos “amarram” suas próprias caudas uns nos outros, para ficarem mais quentes.

O fenômeno do “rei dos ratos” é provavelmente infundado, já a ideia de que as caudas de um grupo de ratos possam se unir, não é. Assim como os humanos, os ratos produzem sebo, ou óleo, para proteger e hidratar a superfície da pele, e as caudas oleosas, de cerca de uma dúzia de ratos, podem formar uma substância pegajosa e unir os ratos.

Alguns sugerem que a urina ou fezes ainda ajudam a unir as caudas. E evidências podem sustentar esse pensamento. Em 2013, um “rei esquilo” foi achado em Saskatchewan, no Canadá. Eram seis esquilos juntos, que os pesquisadores atribuíram à seiva das árvores.

Existência

Se realmente os “reis dos ratos” existissem, eles, certamente, não estariam juntos por camaradagem. E essa formação, provavelmente, significaria a morte de todos os animais.

“Os roedores presos juntos não podem sobreviver por muito tempo e provavelmente estão em agonia e angústia até que se separem ou morram”, disse Kevin Rowe, curador sênior de mamíferos do Museum Victoria, na Austrália.

Mas, se por algum acaso, alguns roedores se encontrarem nessa posição, os especialistas duvidam que eles cheguem a um fim tão doloroso. Isso porque suas caudas iriam se desdobrar, no primeiro sinal de separação.

Se um “rei dos ratos” fosse formado para que os animais pudessem se aquecer, alguns especulam que eles se desenrolariam, assim que o tempo frio acabasse. E na pior das hipóteses, a formação levaria um rato a arrancar sua cauda, para sair da formação.

Mas se os ratos conseguem se desembaraçar uns dos outros, como existem “rei dos ratos” expostos em museus? A resposta óbvia é que eles são falsos.

No Museu Otago, em Dunedin, na Nova Zelândia, por exemplo, os curadores dizem que a teoria da substância pegajosa é a responsável pelo aglomerado de ratos. Outros “reis dos ratos”, provavelmente, são obras de pessoas que amarravam uma dúzia de caudas de ratos juntas.

E como é impossível provar que algum dos argumentos esteja correto, é provável que o rei dos ratos continue a desencadear um debate.

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